segunda-feira, 20 de maio de 2013

compartilhando: Senhora dos Ventos


Senhora dos ventos

Naquela manhã a professora entrou na sala feito um vendaval,
fazendo os papéis voarem. Disse com uma reverência:
– Vamos falar sobre o aquecimento global.
 E a turma se aquietou, porque lá vinha uma história. Dessa vez
a história começou lá na África, com a Senhora do Ar e do Vento, Dona dos Espíritos, Senhora dos Raios e das Tempestades.
Oyá, conhecida no Brasil como Iansã.
Iansã foi uma princesa real na cidade de Irá, na Nigéria, em
1450 a.C. Segundo o mito africano, Iansã recebeu de Olorum
a missão de transformar e renovar a natureza através do vento,
que ela sabia manipular; do vendaval, que faz a limpeza do ar
que respiramos.
Na sala de aula, resolveram então fazer uma experiência, quase
uma brincadeira: todos tinham que inspirar bem fundo, fechar a
boca, tampar o nariz e segurar o ar pelo maior tempo possível.
Com um relógio, calculariam quanto tempo a turma conseguiria
fi car sem respirar.
– Eu pratico natação, tenho um fôlego maior – comentou um
aluno.
– Sempre que tento, começo a rir – reclamou alguém outro.
No fi nal da experiência, a surpresa. Não se tratava de uma
competição, mas uma forma de entendimento: a respiração é
uma das bases de nossa vida. Sem o ar, nós morremos.
– Quanto tempo podemos fi car sem respirar? – perguntou uma
aluna.
A resposta foi uma nova surpresa: segundo alguns especialistas, agüentamos cinco ou mais semanas sem alimentos, cinco
dias sem água, mas podemos até morrer se fi carmos apenas
cinco minutos sem ar. E mais: em condições normais, um adulto ingere algo como um quilo e meio de alimentos sólidos, dois
litros e meio de água e quinze quilos de ar por dia – 24 horas,
pois não paramos nunca de respirar!
Após respirar fundo, veio a pergunta:
 – Mas o que fazemos com tanto ar no nosso corpo?
Mais uma surpresa: em menos de um minuto, o ar inalado pelo
nariz – ou pela boca – passa pelas vias respiratórias, onde é fi ltrado, umedecido e aquecido. Chega aos pulmões, onde transfere parte do seu oxigênio para o sangue, que por sua vez lhe
entrega o excesso de gás carbônico formado nas células de
nosso corpo. Com isso, ele voltará à atmosfera diferente do
que quando entrou, com mais dióxido de carbono. Bom para
as plantas, que irão capturar esse carbono do ar no processo
da fotossíntese.


acesso: http://conferenciainfanto.mec.gov.br/images/pdf/ar.pdf em 20/05/2013

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe aqui seu comentário sobre o que você leu, não esqueça de se identificar, nome e local.
Obrigada pela sua participação, ela é essencial para a construção desse espaço.

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...