quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Educação de Alunos com Necessidades Educacionais Especiais nas Escolas da Rede Estadual de Ensino

Na perspectiva da escola para todos, buscando promover eficácia educativa, a Diretoria de Ensino  de nossa cidade de Diadema implantou no ano de 2010 em nossa escola, duas salas SAPE  (Sala de Apoio Pedagógico Especializado) uma no período da manha e uma no período da tarde, a fim de melhor atender aos alunos com necessidades educacionais especiais.

A Resolução SE 11, de 31-01-2008 dispõe sobre a Educação de Alunos com Necessidades Educacionais Especiais nas Escolas da Rede Estadual de Ensino e da providencias correlatas.

A Secretaria da Educação, com fundamento no disposto nas Constituições Federal e Estadual, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96 (baseada no principio de direito universal a educação para todos), no Estatuto da Criança e Adolescente (Lei n° 8.069, de 13 de julho de 1990, que dispõe sobre a proteção integral a criança e ao adolescente, Art. 54 (item III) e o capitulo V, na Indicação n° 70/07 e Deliberação n° 68/07 do Conselho Estadual e considerando que:
“O atendimento escolar de alunos que apresentam necessidades educacionais especiais far-se-á preferencialmente, em classes comuns da rede regular de ensino, com apoio de serviços especializados organizados na própria ou em outra Unidade Escolar, representam a alternativa mais eficaz no processo desse aluno”.
O objetivo do atendimento educacional especializado é propiciar condições e liberdade para que o aluno co Deficiência Mental possa construir a sua inteligência, dentro do quadro de recursos intelectuais que lhe é disponível, tornando-se agente capaz de produzir significado. (SEESP/SEED/MEC/2007).
Nosso trabalho é centrado na realidade da criança, em sua identidade, em seu nome, sua família, suas motivações, no que ela já sabe em seu repertorio de competências voltadas  às funções sociais da leitura e escrita, visando à reflexão e a construção do pensamento critico que favoreçam uma futura inserção no mercado de trabalho, em suas habilidades, em sua singularidade.
A partir deste espírito de acolhimento e respeito, cria-se uma abertura para o dialogo abrindo-se para o novo, para o outro e para o entrono, trabalhando-se sempre o cognitivo junto com o objetivo, criando-se vínculos que facilitarão maior saber à aprendizagem, como:
· Adquirir autonomia independência no cuidado consigo mesmo;
·Compreender a importância da conservação do meio que o cerca;
·Conhecer seus dados pessoais e endereço;
·Utilizar o conhecimento matemático para resolver  problemas do seu cotidiano;
·Participar de situações de comunicação e intercambio oral falando e sabendo ouvir;
·Exigir respeito para si denunciando qualquer tipo de descriminação.

O lúdico é encarado de forma seria, competente e responsável, pois nos proporciona através da brincadeira conhecimentos, possibilitando que nosso aluno supere suas limitações, abrindo caminho para sua aprendizagem, como:
·Jogos variados;
·Roda de conversa;
·Produção de texto coletivo;
·Leitura individual e coletiva;
·Observação e manuseio de materiais impressos como livros, jornais e revistas;
·Relatos orais e escritos;
·Textos fatiados;
·Textos lacunados (receitas).

“O caminho não para aqui. Novos passos deverão suceder aos já percorridos. Conhecimentos adquiridos deverão firmar-se, a independência devera ser aprimorada. Mil trilhas poderão abrir-se, sendo importante optar por aquela que mais favoreça cada um, na sua individualidade”.
(Livro Passo a Passo, seu caminho. Margarida H. Windholz)

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Decreto Nº 57.571/2011


Publicado em 03/12/2011
Legislação Estadual Decreto Nº 57.571/2011
Institui, junto à Secretaria da Educação, o Programa Educação - Compromisso de São Paulo e dá providências correlatas
GERALDO ALCKMIN, Governador do Estado de São Paulo, no uso de suas atribuições legais,
Considerando o êxito das políticas educacionais voltadas à educação pública estadual promovidas pelo Governo do Estado de São Paulo ao longo dos últimos anos, tais como a universalização do ensino fundamental de nove anos, a redução da defasagem idade-série dos alunos da educação básica, os resultados positivos alcançados pelas escolas da rede estadual no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica e no Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo;
Considerando a necessidade de serem implementadas políticas educacionais voltadas à continuidade dos processos de melhoria da educação pública paulista, nos seus vários níveis e modalidades, em especial no que se refere à diminuição do abandono e da evasão de alunos do ensino médio;
Considerando a importância da gestão educacional eficiente e eficaz, com ênfase na aprendizagem dos
alunos da educação básica;
Considerando a importância de se dar continuidade às políticas de valorização dos profissionais da educação pública estadual; e
Considerando que a educação é direito de todos e dever do Estado e da família e que deverá ser promovida e incentivada com a colaboração da sociedade,
Decreta:
Artigo 1º - Fica instituído, junto à Secretaria da Educação, o Programa Educação - Compromisso de São Paulo, com a finalidade de promover amplamente a educação de qualidade na rede pública estadual de ensino e a valorização de seus profissionais.
Artigo 2º - O Programa instituído pelo artigo 1º deste decreto será desenvolvido com base nas seguintes diretrizes:
I - valorização da carreira do magistério e das demais carreiras dos demais profissionais da educação, com foco na aprendizagem do aluno, inclusive mediante o emprego de regimes especiais de trabalho, na forma da lei;
II - melhoria da atratividade e da qualidade do ensino médio, por meio da organização de cursos ou valendo-se de instituições de ensino de referência, observada a legislação vigente;
III - atendimento prioritário às unidades escolares cujos alunos apresentem resultados acadêmicos insatisfatórios, demonstrados por meio do Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo - SARESP, visando garantir-lhes igualdade de condições de acesso e permanência na escola;
IV - emprego de tecnologias educacionais nos processos de ensino-aprendizagem;
V - mobilização permanente dos profissionais da educação, alunos, famílias e sociedade em torno da meta comum de melhoria do processo de ensino-aprendizagem e valorização dos profissionais da educação escolar pública estadual.
Artigo 3º - O Programa Educação - Compromisso de São Paulo conta com:
I - Conselho Consultivo;
II - Câmara Técnica de Acompanhamento.
Artigo 4º - O Conselho Consultivo do Programa Educação - Compromisso de São Paulo, tem a seguinte composição:
I - como representantes da Secretaria da Educação:
a) o Titular da Pasta;
b) o Secretário Adjunto;
c) o Chefe de Gabinete;
d) 1 (um) do Conselho Estadual da Educação, indicado pelo Titular da Pasta;
e) até 6 (seis) de órgãos da Pasta, indicados pelo Titular da Pasta;
II - até 10 (dez) representantes da sociedade civil, indicados pelo Secretário da Educação.
§ 1º - O Conselho Consultivo do Programa Educação - Compromisso de São Paulo deverá reunir-se a cada bimestre, ou extraordinariamente, por solicitação do Secretário da Educação.
 § 2º - O Conselho Consultivo do Programa Educação - Compromisso de São Paulo encaminhará ao Governador do Estado, a cada quadrimestre, relatório circunstanciado das ações realizadas e do andamento da implementação do Programa.
Artigo 5º - A Câmara Técnica de Acompanhamento do Programa Educação - Compromisso de São Paulo será integrada por servidores da Secretaria da Educação, designados pelo Titular da Pasta.
§ 1º - A Câmara Técnica de Acompanhamento de que trata o “caput” deste artigo deverá elaborar seu regimento interno disciplinando suas normas de funcionamento.
§ 2º - O regimento interno a que se refere o § 1º será aprovado, mediante resolução, pelo Secretário da Educação.
§ 3º - A Câmara Técnica de Acompanhamento prestará o apoio técnico e administrativo necessários ao Conselho Consultivo do Programa Educação - Compromisso de São Paulo.
§ 4º - As funções de membro da Câmara Técnica de Acompanhamento não serão remuneradas, mas consideradas como serviço público relevante.
Artigo 6º - A Câmara Técnica de Acompanhamento do Programa Educação - Compromisso de São Paulo deverá apresentar no prazo de 60 (sessenta) dias, a contar da data de publicação deste decreto, Plano de Trabalho detalhado, contendo cronograma para a concretização das ações nele previstas.
Artigo 7º - O Secretário da Educação poderá baixar normas complementares necessárias ao cumprimento do disposto neste decreto.
Artigo 8º - Este decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Fonte: http://www.profdomingos.com.br/estadual_decreto_57.571_2011.html

sábado, 3 de dezembro de 2011

Relatório das atividades desenvolvidas no ano letivo de 2011


                        De acordo com a proposta curricular do Estado de São Paulo, foram desenvolvidas as atividades referentes ao caderno do aluno.
                        Em primeiro estágio foi desenvolvido um diagnóstico com o propósito e conhecer as habilidades e competências do aluno, em seguida iniciou-se a evolução da aprendizagem indicada na proposta.
                        A gestão escolar juntamente com os professores relacionou diversos projetos no planejamento a ser desenvolvido no decorrer do ano letivo, isso ajudou na seqüência dessas atividades. O objetivo desses projetos foi aumentar a consciência crítica, a cidadania, e o respeito pelo outro, o conhecimento de novas culturas, a responsabilidade, a prática do saber e fazer.
                        A seqüência do projeto foi trabalhada de acordo com o senso comum entre os docentes. Na área de Língua Portuguesa, foi desenvolvida com sucesso o Projeto de Diversidade Religiosa, onde os alunos da 8ª Série, pesquisaram e apresentaram em CD no Data Show, na conferencia do Meio Ambiente, que também foi um sucesso, com apresentações de vários palestrantes; isso ajudou e concretizou o objetivo da cidadania e discriminação religiosa afro-brasileira.
                        Os resultados alcançados em todas as atividades foram positivos, refletiu na aprendizagem como crescimento intelectual.
                        As atividades propostas no caderno do aluno foram inteiramente concluídas com sucesso, mesmo porque eles já tinham prévio conhecimento dos conteúdos elaborados.
                        A maioria dos alunos das cinco oitavas séries, foram meus alunos desde as quintas séries, nas oitavas séries, aprofundei a gramática.
                        Os cadernos dos alunos, relacionaram textos facilitando a compreensão do educando, promovendo a pesquisa, orientando-os no seu aprendizado.
                        Os alunos gostaram muito da pesquisa sobre a viagem de formatura, onde aprenderam a trabalhar em equipe, trocando idéias com os colegas, discutindo os pontos negativos e positivos de viajarem em grupo.
                                                                                                                   Maria Helena Leão Agariê
Professora de Língua Portuguesa.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Artigo do Secretário da Educação


“O compromisso de São Paulo pela Educação”, do Secretário da Educação, professor Herman Voorwald, publicado na Folha de S. Paulo, página A3, e reproduzido no Portal da Educação.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Projeto : Consciência Negra – 20 do Novembro de 2011


E. E. Deputado Gregório Bezerra
Diretora: Raquel Rodrigues do Prado
Projeto : Consciência Negra – 20 do Novembro

  “Dia 20 de Novembro (dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695), no Brasil é dedicado á reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira.”
     A arte afro-brasileira encontra-se esparramada em arte Barroca, Acadêmica, Modernista, Contemporânea, Erudita e Popular. A cultura negra, ao ocupar um espaço de maior respeitabilidade e reconhecimento pela identidade histórica em um país multicultural e com diferentes etnias, tem ecoado em projetos de fortalecimento da cultura afro-brasileira.
Professores
° Dirce Hiroko Taira – Arte
° Diógenes Rosa – Geografia
° Dinha   -  História
Trabalhos realizados pelos alunos do Ensino Fundamental e Médio.




sábado, 19 de novembro de 2011

Atribuição de Aulas 2012


São Paulo, 121 (216) Diário Oficial Poder Executivo - Seção I sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Portaria DRHU 67, de 17-11-2011
Fixa datas e prazos para a divulgação da classificação dos inscritos no processo inicial de atribuição de classes e aulas de 2012.
O Coordenador da Coordenadoria de Gestão de Recursos, considerando a necessidade de estabelecer datas e prazos para a divulgação da classificação dos inscritos no referido processo, expede a presente Portaria.
Art. 1º - A divulgação da classificação dos inscritos para o processo de atribuição de classes/aulas referente ao ano de 2012 estará disponível na internet no endereço http://drhunet.edunet.sp.gov.br/PortalNet/ , conforme segue:
I - Titulares de Cargo:                                   
a) 25-11-2011 - divulgação da classificação;
b) de 25/11 a 28-11-2011 - prazo para interposição de recursos no endereço acima, até as 23 horas do dia 28-11-2011;
c) de 25/11 a 29-11-2011 - digitação das decisões sobre os recursos no endereço acima;
d) até 5/12/2011 - divulgação da classificação final.
II - Ocupantes de função-atividade/candidatos à contratação:
a) 07-12-2011 - divulgação da classificação;
b) de 07/12 a 09-12-2011 - prazo para interposição de recursos, no endereço acima, até as 23 horas do dia 09-12-2011;
c) de 07/12 a 12-12-2011 - digitação das decisões sobre os recursos, no endereço acima;
d) até 16-12-2011 - divulgação da classificação final.
Art. 2º - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011


ORIENTAÇÃO TÉCNICA EDUCAÇÃO ESPECIAL 19/10/2011

Nesta data deu-se inicio a orientação técnica de educação especial, com a supervisora Elisete Scordamaglia e a PCOP Valeska Amorim para professores da rede estadual de ensino região de Diadema.
                  A orientação foi iniciada com o texto Deficientes de Mário Quintana, logo depois foram esplanadas as leis e fundamentações legais que regem esta modalidade de ensino. Foi ressaltado a direito do aluno com NEE de frequentar a sala de ensino regular, entretanto não se inclui um aluno pelo simples fato de garantir sua matrícula e frequência em sala regular, mas sim por proporcionar às mesmas condições de desenvolvimento de aprendizagem, ainda que possua algumas limitações é garantir que o mesmo progrida dentro do que lhe cabe progredir.
Foi ressaltado ainda sobre a importância da afetividade para lidar com os mesmos. A supervisora Elisete comentou sobre o momento histórico que vivemos atualmente na educação, momento desafiador por ser um o momento em que as escolas passam de escolas que atendiam a minoria ,para ser escola de porta aberta, onde para o ingresso na mesma não é feito nenhuma seleção, comentou que antes, a escola tradicional lidava com a elite, hoje o que temos é a escola da diversidade e nela todos são bem vindos,lembrou-nos ainda de que sempre existiram crianças com necessidades especiais o que não existia era o acesso dos mesmos á educação.
Os nossos alunos de maneira geral são todos necessitados de cuidados especiais, a agressividade e a falta de concentração são consequências da sociedade complexa em que vivemos.
Foi dito ainda sobre a importância em se distinguir doença de deficiência, pois doença e passível de cura e deficiência constitui uma perda, porem ainda que um aluno apresente uma deficiência é possível evoluir, apresentar melhora. Dentre os diversos tipos de deficiências abordadas foi relatado que nem todas apresentam comprometimento intelectual, daí a importância de conhecermos cada um de nossos alunos com NEE, para alguns é indispensável adaptações curriculares, para outros no entanto o que se faz necessário são cuidados especiais, mas a garantia de aprendizagem é  igual a dos demais alunos
Foi dito ainda sobre a diferença de NEE e NE, sendo NEE portadores de deficiências, transtorno global do desenvolvimento e altas habilidades. Já NE são os alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem como a dislexia, discalculia disgrafia, disortográfia TODA e TDAH, estes precisam de atenção especial em sala de aula mais não de frequentar a sala de recurso.
Foi solicitado aos professores que fizessem registros de todo o procedimento adotado em sala de aula para com o aluno portador de deficiência, assim como relatórios informando o plano traçado para cada aluno e a sua evolução dentro do que se almejava, pediu-se que professores de sala regular e sala de recurso trocassem informação sobre o aluno atendido. Que os pais durante a vida escolar do filho, fossem informados constantemente de que a sua promoção até o 9º ano do ensino fundamental se daria devido à promoção continuada, onde o aluno está em desafio consigo mesmo, porém no ensino médio o procedimento não é o mesmo.
Conscientizou os professores de que para alunos com deficiência intelectual deve-se trabalhar estímulo, resposta e não traçar grandes planos.
Conhecemos alguns tipos de recursos disponíveis para alunos com NEE na rede estadual como máquina Braille, tesoura com mola, engrossador de lápis, apontador adaptado entre outros. Para receber tais recursos o aluno precisa estar com a necessidade que possui cadastrada na Prodesp, e a escola poderá fazer a solicitação. Entre as novas conquistas na educação especial foi citado:
·         Pen drive para aluno com baixa visão
·         Curso libras EAD
·         Notebooks para alunos com DF e com conhecimento em informática
·         Curso pela Microsoft para alunos com altas habilidades
·         Curso para especialização em Ed. Especial-Redefor.
·         Carteiras adaptadas através da avaliação com terapeuta educacional para alunos com DF
·         Transporte para alunos com comprometimento físico (2012)
            Para finalizar ressaltou que nós educadores temos dois caminhos a seguir:
 Saímos da rotina e buscar inovar nossa prática pedagógica, diante das necessidades apresentadas pelo aluno em inclusão, ou ficar imobilizados reclamando que não é possível realiza-la culpabilizando sociedade, sistema educacional família etc. Para responder questões do tipo:
A inclusão terá sucesso?
Quando tais mudanças irão ocorrer na prática escolar? E outras tantas dúvidas que nos cercam, devemos sair do mero estágio de discurso e abraçarmos, sem temor, a prática inclusiva em toda a sua plenitude. Até mesmo porque a educação especial não é uma opção é uma modalidade de ensino.



Professora Dalila

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Texto Final do projeto "Vamos Cuidar das Nossas Águas"

DIADEMA

Escola Estadual Deputado Gregório Bezerra

Localização da Escola
Av. Afrânio Peixoto, 281 – Vila Paulina
Diadema – SP

Contato da escola
(11) 4059-4900

Perfil da Escola
Nº alunos: 1106
Nº professores: 59
Períodos: manhã, tarde e noite.
Atendimento: Ensino Fundamental II, Ensino Médio e EJA.

Dirigente Regional de Ensino
Maria Carmen de Paula Freitas

Equipe de Supervisores
Liane O. Bayer
Lilian P. A. do Valle
Elizete Ap. G. Scordamaglia

Diretora
Raquel Rodrigues do Prado


Projeto:
VAMOS CUIDAR DAS NOSSAS ÁGUAS

Período de realização do projeto: de 2008 a 2010.

Autores e participantes:
Raquel Rodrigues do Prado
José Roberto de Queiroz
Nelson Benvindo de Souza Filho
Jaqueline Flores dos Santos
Solange Alves Costa
Maria Helena Leão Agarie
Cristiano Rodrigues de Lima
Dirce Hiroko Taira
Terezinha Gomes da Rocha
Ana Maria Santos
Olinalda Aparecida Gomes
Helio Ramos de Oliveira
Aline Venâncio Arten
Laércio Favretto
Gerson Ribas
Nilza Correa Lagercrantz
Alessandro Alves
Michel Eduardo Jorge
Ana Márcia Said Heid
Diógenes Lima Rosa
Dalila Maria Silva

Parceiros:
Maria Carmen de Paula Freitas – Dirigente Regional de Ensino
Liane O. Bayer – Supervisora de Ensino
Lilian P. A. do Valle– Supervisora de Ensino
Elizete Ap. G. Scordamaglia– Supervisora de Ensino

Luzia Santini – Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Diadema
Ubirajara Proença – Núcleo Pró-Vela
Isabel da Silva – Diretoria de Ensino de Diadema

Resumo do Projeto

A Escola Estadual Deputado Gregório Bezerra, localizada na Vila Paulina, nos limites do bairro Eldorado na região Sul do município de Diadema, vem desde 2008 trabalhando a temática ambiental com alunos, professores, equipe pedagógica e administrativa, Programa Escola da Família e comunidade em geral, através da sistemática realização de Conferências anuais de Meio Ambiente.
O desenvolvimento e a organização destas Conferências permitem que os alunos do Ensino Fundamental e Médio aprofundem os conhecimentos, conceitos e valores sobre a questão ambiental, com o intuito de socializá-los e debatê-los com a comunidade, possibilitando sua formação como protagonistas capazes de intervir na própria realidade ao incorporar na sua vida cotidiana o cuidado com a água e o ambiente no qual estão inseridos e, consequentemente vindo a preservar e lutar para proteger os córregos, minas, nascentes e o entorno das áreas de mananciais.
O projeto “Vamos cuidar das nossas águas” passou por várias etapas e ações: diagnóstica – com dinâmicas de registro e debates; formação – envolvendo a equipe e alunos, utilizando leituras bibliográficas específicas e sites especializados; estudo do meio – com sistematização de dados e socialização dos conhecimentos; palestras com especialistas, representantes de ONG e da Secretaria do Meio Ambiente; entrevistas com a comunidade e organização de depoimentos para produção de vídeos que foram utilizados como avaliação e auto-avaliação do processo.
É interessante apontar que frisamos aqui não apenas o resultado da realização das Conferências, mas todo o processo que envolve sua organização, abordagem e apreensão dos conteúdos e temas a serem debatidos com os alunos, escola e comunidade.

Introdução

A água faz parte do patrimônio do planeta. Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade e cada cidadão é plenamente responsável por ela diante de todos. (Declaração universal dos direitos da água, UNESCO, 1992)

A Escola Estadual Deputado Gregório Bezerra, localizada na Vila Paulina, dentro dos limites do bairro Eldorado na região Sul do município de Diadema, fica na divisa dos municípios de São Bernardo do Campo e São Paulo e está inserida em área de mananciais (APM) próxima às margens da Represa Billings. A escola também é cercada por área de proteção ambiental (APA), com pouca vegetação original, que cobria antes toda a região e foi desmatada e utilizada para loteamento clandestino.
A E.E Deputado Gregório Bezerra atende a comunidade dos bairros Eldorado, Sítio Joaninha, Jardim Ivone, Ponto Certo, Jardim Sapopemba, Jardim Mata Virgem (SP), oferecendo Ensino Fundamental II – 6º a 9º ano, no período da manhã e da tarde, e Ensino Médio regular e E.J.A. no período noturno, num total de 1093 alunos distribuídos em 12 salas por período.
A equipe da escola decidiu desenvolver um projeto centrado na questão ambiental por conviver com a realidade de um ambiente degradado, onde os moradores e o poder público, de certa forma, se apropriam indevidamente da área de manancial nas proximidades da Represa Billings.
Desde 2008, a escola vem desenvolvendo uma sistemática de conferências que se iniciou em 2008 com o tema “Vamos cuidar das nossas águas”, em 2009 ”Vamos cuidar do nosso espaço” e em 2010 ”A escola que a gente quer, depende do ambiente que a gente constrói”.
Na primeira conferência utilizamos como referencial o material da conferência do meio ambiente do Ministério da Educação “Vamos cuidar do Brasil”- Comvida e Agenda 21, ”Água hoje e sempre” da Secretaria do Estado da Educação e cartilha do Movimento em Defesa da Vida (MDV) e também com o projeto de apoio a continuidade dos estudos com o Guia do Estudante - Atualidades 2008 (capa: Dossiê aquecimento Global, Energia tratada nas Escolas e Dossiê Império Americano).
Todas as ações tiveram como objetivo conscientizar a comunidade sobre a importância das águas em nossas vidas, conhecer as bacias hidrográficas, capacitar jovens como protagonistas nas questões ambientais de forma local e global. Para isso, desenvolvemos entrevistas com a comunidade, palestras com representantes da Secretaria do Meio Ambiente para mapear os problemas da região e estimular os alunos a buscar a história das águas da nossa região. Foi articulada a busca de soluções básicas para os moradores do entorno que poderiam fazer parceria com MDV para proteger as nossas águas. Realizamos dinâmicas como: Árvore dos sonhos, muro das lamentações, resgate histórico com a comunidade.
Em 2009, contamos também com o representante do núcleo Pró-vela e continuamos com pesquisas em sites, sistematização e apresentação dos conhecimentos para os colegas e comunidade na nossa II Conferência, por meio de data show e folhetos explicativos.
Aderimos ao concurso “O mistério do manancial”, em 2010, proposto pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente, envolvendo as disciplinas de Artes, Língua Portuguesa, e Ciências para elaboração de história em quadrinhos (HQ), utilizamos de conhecimentos tecnológicos na elaboração de denúncia ambiental local, pesquisa de campo e reprodução de vídeos que foram apresentados na III Conferência do meio ambiente, além de oficinas de reciclagem, projeção de vídeos, “efeito estufa”, coleta seletiva, mudanças climáticas. Houve vários momentos de debates e discussões envolvendo a legislação ambiental e o projeto “Experimentando a Ciência” em parceria com a UNIFESP.
Professores e alunos demonstraram sintonia em busca de situações corriqueiras para cuidar do espaço, como limpar o entorno da escola, catalogar o lixo e mostrar para a comunidade o que poderia ser reciclado e como reduzir o consumo; foram debatidas alternativas para diminuir o consumo de energia e água na escola e a criação de um tipo de cisterna para recolhimento de água da chuva.

Justificativa

Durante toda a nossa vida nos beneficiamos do meio ambiente e muitas vezes não nos preocupamos em preservar os recursos que ele nos oferece, devido ao uso indiscriminado muito já foi destruído causando sérios danos e diminuindo a qualidade de vida do ser humano.
Sabemos e concordamos que projetos ambientais criam oportunidades para os alunos expressarem manifestações de indignação frente às desigualdades socioambientais, além de favorecer o surgimento de ações colaborativas, estimulando o protagonismo juvenil e fortalecendo o convívio escolar ao proporcionarem meio para a apropriação do espaço, o enfrentando dos desafios e soluções dos problemas de forma produtiva e colaborativa por meio de aquisição de novos valores e atitudes.

Tudo que acontece no mundo, seja no meu país, na minha cidade ou no meu bairro, acontece comigo. Então, eu preciso participar das decisões que interferem na minha vida. (Herbert de Souza, o Betinho)

Nesta perspectiva, o projeto se justifica ao permitir que os alunos do ensino fundamental e médio aprofundem os conhecimentos e os conceitos sobre a questão ambiental, criando oportunidade para que possam multiplicá-los, com ênfase na responsabilidade de cada um sobre os recursos hídricos – água. Além disto, o projeto propicia a formação de equipes para identificar as questões locais, conhecer, planejar, executar, avaliar e acompanhar ações com o subtema água (Bacias Hidrográficas), adotando um trecho que vai da escola a represa Billings, valorizando o local onde estão inseridos e conscientizando outros setores da sociedade (familiar, escola, bairro) sobre o uso racional das águas e proteção de mananciais da região.

Objetivos

Mestre é aquele que de repente aprende. (Guimarães Rosa)

A lei Nº 10.171 de 2001, institui o Plano Nacional de Educação e trata a Educação Ambiental de forma transversal, ou seja, como tema que deve ser desenvolvido a partir de uma prática educativa integrada, continua e permanente, conforme proposto nesses Parâmetros e Diretrizes curriculares.
Esse projeto envolve todas as áreas do conhecimento e modalidade de ensino com objetivo de:
·         Formar jovens protagonistas capazes de intervir nas questões ambientais locais;
·         Conscientizar a comunidade sobre a importância da água nas nossas vidas;
·         Conhecer as bacias hidrográficas, destacar o uso de cada uma e a sua importância e preservação;
·         Participar de debates sobre questões ambientais e produzir registros utilizando diferentes linguagens e suportes;
·         Compreender e interpretar textos de diferentes gêneros como canções, crônicas, tabelas, textos de divulgação científica, impressos jornalísticos e folder, que abordem temas sobre a água;
·         Integrar todas as áreas do conhecimento e programas que possam auxiliar no desenvolvimento do projeto.

Abrangência e Público-Alvo

Sonho que se sonha só e só um sonho, mas sonho que se sonha junto é realidade. (Raul Seixas).

Cada instituição e representante teve fundamental importância para as ações de implementação do projeto, que sempre culminam nas nossas conferências. Para tornar realidade, um sonho depende do envolvimento e compromisso de vários atores, assim nosso projeto contemplou e envolveu diferentes públicos como:
·         Direção e Coordenação;
·         Grêmio Estudantil;
·         Associação de pais e mestre (APM);
·         Conselho de Escola;
·         Professores e alunos do Ensino Fundamental Ciclo II e Médio;
·         Programa Escola da Família;
·         Programa Acessa Escola e Professora Mediadora;
·         PCOP da Oficina Pedagógica;
·         Voluntários: Eric Vellone Colo e grupo de ex-alunos.

Metodologia e Ações Realizadas

Quem não semear não vai colher.
Ai de quem é um e nunca será dois
Por não saber.
Quem irá me valer?
São pessoas, é a caminhada. (Milton Nascimento)

Acreditamos que somente com uma metodologia sistemática que transforme a escola em um espaço de debate e construção coletiva de conhecimento, integrando as disciplinas por meio de pesquisas, leituras, estudos do meio, debates, entrevistas, palestras, seminários e exposições, é possível trabalhar a Educação Ambiental e envolver a comunidade.
Iniciamos em 2008 o projeto “Vamos cuidar das nossas águas” por meio da apresentação do kit ”Vamos cuidar do Brasil” aos professores colegiados e aos educadores do Programa Escola da Família, iniciando com a dinâmica da oficina do futuro: Árvore dos sonhos e as Pedras no caminho (metodologia criada pela ONG - Instituto Ecoar para a cidadania www.ecoar.org.br). A oficina foi organizada pela direção e coordenação, e em seguida foi designada uma equipe responsável para realização da dinâmica com os alunos de cada período da Unidade Escolar.
Na sala, cada professor organizou os conteúdos específicos das disciplinas por meio de dinâmica com levantamentos das questões ambientais, utilizando leitura de crônicas: “Declaração Universal dos Direitos da Água”, poemas, músicas com ênfase na temática ambiental, pesquisas em sites sobre a quantidade de bacias hidrográficas, sua localização, preservação e destacando as águas da nossa região.
Com o Ensino Fundamental foi feito análise de consumo de água em cada residência, comparando com os colegas, e depois o consumo de água na escola nos últimos seis meses. Traçamos, a partir do levantamento das informações, um plano envolvendo todos os funcionários para diminuir o consumo. Nesse processo nos engajamos em defesa das águas participando da comemoração do aniversário da Represa Billings, realizando uma caminhada envolvendo alunos, pais e a comunidade escolar, com a utilização de um carro de som, onde por meio de revezamento entre direção, alunos e professores anunciavam a importância da represa e denunciavam os danos causados pela não preservação. Em seguida foi realizada uma parceria com a Bio-Auto (coleta de óleo doméstica) e a escola se tornou um posto de coleta do material.
Paralelamente, convidamos representantes da Secretaria do meio ambiente do município de Diadema (Luzia Santini) e o coordenador do núcleo Pró-Vela – Represa Billings (Sr. Ubirajara Proença) para nos mostrar as ações que são desenvolvidas em relação à degradação ambiental e conhecer a evolução do uso da água da bacia hidrográfica na qual o município está inserido. Contamos também com a presença do representante da ONG Movimento em Defesa da Vida (MDV) que mostrou o histórico da Represa Billings, como defender as nossas águas, um recurso cada vez mais precioso, Leis de proteção aos mananciais e preservação, como proteger os mananciais da Região Metropolitana de São Paulo, áreas abastecidas pelos diferentes mananciais; urbanização na bacia do Alto Tietê.
O Ensino Médio teve a oportunidade de trabalhar desde o início do ano com o Projeto Apoio à Continuidade dos Estudos. O conteúdo foi basicamente o estudo dos temas transdisciplinares de atualidades tratados pelas áreas de códigos e linguagens, ciências da natureza, ciências humanas com pesquisa, leitura interpretação de textos, sistematização e apresentação das suas conclusões e descoberta para a comunidade.
Em 2009, a temática teve destaque no lixo que é despejado nos arredores da escola e como fazer para conscientizar a comunidade de preservar os espaços coletivos. Foram organizadas equipes para limpeza do espaço da escola e realizadas várias leituras com ênfase na legislação ambiental voltada à questão para conhecimento da turma. Além disto, foram realizadas ações para divulgação para a comunidade de como separar e reutilizar o lixo, informações sobre a coleta seletiva e oficinas para transformação de objetos.
Em 2010, as ações foram intensificadas ao nos envolvermos em concursos, como o do “Mistério do Manancial” em que os alunos da 6º, 7º e 8º ano do ensino fundamental, com o auxílio da história em quadrinhos, desvendaram o mistério que ameaça a produção da água de qualidade e também criaram o final dessa história, com base na realidade do município, bairro e da sua vivência. Para concluir esse processo foi necessária uma visitação às margens da represa a fim de constatar uma nova forma de olhar o espaço em que vivem, em seguida foram organizados grupos para pesquisarem na internet utilizando o Acessa Escola (Programa de inclusão digital da rede Estadual de São Paulo), os temas: o que é degradação ambiental; Uso e ocupação do solo; Erosão; Assoreamento e Resíduos Sólidos.
Com os alunos do 9º ano, para entender os problemas ambientais no entorno da escola e refletir sobre suas próprias atitudes e praticas sócio-ambientais foi lançado um desafio para que após a pesquisa de campo orientada e acompanhada por um professor, os mesmos  sistematizassem os dados por meio da criação de programa jornalístico televisivo ou via internet, utilizando-se das ferramentas tecnológicas colaborativas: pesquisa na internet, sistematização de dados por meio de gráficos com auxílio do Excel e produção de vídeos com editor de imagens do Moviemaker e/ou PowerPoint para apresentarem na III Conferência do Meio Ambiente.
É interessante destacar ações desenvolvidas com os alunos do 8º ano/7ª série que coletaram entrevistas pela escola perguntando aos colegas o que os incomodava no meio do caminho, incômodo esse relacionado ao descaso com o espaço em que vivem, envolvendo uma série de degradações ao meio ambiente, como: lixo na represa, nas ruas, desmatamento e esgoto a céu aberto. Das entrevistas coletadas foi produzido um vídeo apresentado no dia da III Conferência. As imagens também foram produzidas pela turma. Ao final, foi feita uma montagem com o material coletado (imagens e vídeos), o poema de Carlos Drummond de Andrade, Música "Cavaleiro andante" de O Gabriel Pensador e trecho da música "Amadurecência" de O Teatro Mágico.
Ainda nessa sequência didática, os alunos produziram paródias do poema de Carlos Drummond de Andrade, relacionando a pedra no caminho aos problemas que os incomodam, desenvolvendo um olhar crítico para o cotidiano e realidade.

Resultados, Avaliações e Indicadores

A avaliação no projeto não aconteceu por meio de provas e perguntas fechadas sobre a temática trabalhada, e sim “por meio de diálogos de conhecimentos, na desconstrução de representações ingênuas e preconceituosas, na mudança de mentalidade, de comportamentos e de valores e na participação cidadã dos alunos e das alunas.” (Reigota, M. 2009. O que é educação ambiental. 2ª ed. Brasiliense, São Paulo).
Segundo (Perrenoud, Phillipe. Avaliação - Da excelência á regulação das aprendizagens - entre duas lógicas. Porto Alegre. Artes Médicas. Rio Grande do Sul, 1999) a avaliação da aprendizagem, no novo paradigma, é um processo mediador na construção do currículo e se encontra intimamente relacionada à gestão dos alunos, assim é percebido que quanto mais levarmos o aluno a atingir níveis mais complexos de raciocínio, maior será o grau de autonomia e participação e o mesmo consegue avaliar seu trabalho e se autoavaliar.
Concordando com o que diz (Reigota, M. 2009. O que é educação ambiental. 2ª ed. Brasiliense, São Paulo), na perspectiva da educação ambiental como educação política, a avaliação dos alunos e das alunas não é realizada para medir incapacidades ou incompetências, mas sim para permitir-lhes identificar o que precisam explorar, conhecer, analisar e escolher para a busca de alternativas e interações que possibilitem a solução dos problemas ambientais que identificam e querem superar. A partir do momento em que o aluno passou a constatar e intervir na realidade, realizar propostas, os resultados começaram a aparecer. Como por exemplo, o fato de um aluno ter implementado o projeto de cisterna proposto em sala de aula e utilizado de forma empreendedora em um Lava - Rápido na sua casa. O princípio para construção da cisterna foi a captação de água de chuva e sua utilização no processo de lavar automóveis, o que deu muito certo e tornou-se eficiente na redução do consumo e reuso de água. Ações como essas, também foram implementadas na própria escola, incentivando mudanças de hábitos cotidianos, as torneiras antigas foram trocadas por outras que reduzem o desperdício de água.
E isso ocorreu no projeto “Vamos cuidar das nossas águas” que está incorporado na Proposta Pedagógica da Escola em sintonia com a Proposta Curricular da Rede Estadual de Ensino do Estado de São Paulo, por meio de: elaboração de vídeos e socialização dos resultados de pesquisas no momento das apresentações dos alunos na Conferência do Meio Ambiente, nos procedimentos e atitudes práticas e, se visualiza também nos depoimentos de alguns professores envolvidos, como por exemplo o da professora Solange, de Sociologia:

O trabalho feito com reciclagem possibilitou desenvolver habilidades manuais, criatividade, consciência ambiental, moral ética e cidadã com todas as idades. Tive o privilégio de desenvolver este projeto com a comunidade, por meio de oficinas de decoupagem na Conferência de 2008 e 2009, com alunos do Fundamental transformamos caixinhas dos livros de leitura em porta-jóias e porta-retratos para o dia dos pais. A participação do EJA foi fundamental ao construirmos o muro das lamentações e a árvore dos sonhos. A realização deste projeto viabiliza transformar algo feio, inútil em algo apreciável, útil, belo e possibilidades de mudança.

Se o objetivo do Projeto é conscientizar a comunidade sobre a importância da água, um bem finito em nossas vidas, a Proposta da escola está no caminho e sentido certos da sustentabilidade. Tendo assim, a avaliação como forma de buscar continuamente as discussões, ações e acompanhamento dessa temática.

Perspectivas e Considerações sobre o Projeto

A Educação Ambiental não pode ser feita em tempo determinado, demarcado por início, meio e fim, é preciso que ela aconteça dentro de um processo contínuo. Nosso trabalho vem sendo realizado desde 2008 e de lá pra cá não paramos, houve formação dos professores e alunos como protagonistas e também interação com ONGs que tratam dessa temática. Com ações planejadas, replanejadas, implementadas, acompanhadas e avaliadas.
Todas essas ações são contínuas, de forma que novas atitudes vêm sendo percebidas a cada temática discutida ao longo desses três anos. Dentro do subtema água e áreas de mananciais, muitos outros conceitos e temas vem sendo incorporados.
Nesse processo, vamos ampliando nossa forma de olhar para a Educação Ambiental, conhecendo propostas de sustentabilidade para nossa região, inclusive a Proposta do Instituto Eco Futuro, que serviu de parâmetro para o tema desenvolvido no ano de 2010 “A escola que a gente quer, depende do ambiente que a gente constrói”, que vai além da temática ambiental, envolvendo não só com atividades de experiência, mas trabalhando também com a literatura, integrando outras áreas do conhecimento, proporcionadas ao aluno e aos professores novas possibilidades de intervenções e tomada de decisões sobre o espaço, não só no local em que vive (bairro, cidade), mas global.
Nosso trabalho de conscientização é permanente, a Conferência acontece uma vez ao ano e é um dos recursos utilizados para socializar e sistematizar o que temos desenvolvido, de forma que o evento realizado na escola já se tornou uma cultura entre a comunidade, que participa de forma efetiva, contribuindo com depoimentos, voluntariado e multiplicação da consciência sobre Educação Ambiental.
Um meio adotado para socializar nosso Projeto foi a criação de um blog na internet e divulgação da primeira Conferência no Portal Educarede.
O blog e as Conferências terão continuidade fazendo parte das propostas e ações da E.E. Deputado Gregório Bezerra, sendo discutidos e reelaborados no planejamento no início de cada ano, inclusive com apoio da equipe da Diretoria de Ensino de Diadema, que além de nos subsidiar com planejamento e supervisão, acompanhou nosso aluno que atuou como delegado na Conferência Estadual Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente em Águas de Lindóia no ano de 2008.


Referências Bibliográficas

Reigota, M. 2009. O que é educação ambiental. 2ª ed. Brasiliense, São Paulo
Perrenoud, Phillipe. Avaliação - Da excelência á regulação das aprendizagens - entre duas lógicas. Porto Alegre. Artes Médicas. Rio Grande do Sul, 1999
CAPRA, F. As conexões ocultas. São Paulo: 2003. · Proposta Curricular do Estado de São Paulo: Ciências. Coord. Maria Inês Fini. – São Paulo: SEE, 2008. ·
Kit: Vamos Cuidar do Brasil – Conferência do Meio Ambiente na Escola. ·
Água hoje e sempre: consumo sustentável. Secretaria da Educação. Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas - São Paulo: SE/ CENP,2004.
http://conferenciameioambiente32cre.blogspot.com/ (acesso em: 02/08/2008)

Depoimentos

Participei do projeto da Conferência do Meio Ambiente como palestrante a respeito de tópicos da Ciência Política e da Sociologia. Decidi atuar "indiretamente" na temática do meio ambiente e trouxe para a sala de aula a discussão que envolve os direitos e deveres de todos nós, cidadãos. Discutindo a própria Democracia, o regime republicano e o conceito de cidadania, desenvolvi um ciclo de palestras que aproximou tanto estudantes quanto professores e convidados da comunidade. Certamente, foi uma oportunidade ímpar para colaborar com um projeto sério e sistematizado, que incrementou o espírito crítico dos participantes e estimulou o reconhecimento da responsabilidade individual em construirmos um mundo melhor, em todos os sentidos!Eric Vellone Colo, Graduando em Ciências Sociais na USP.

Nestes 3 anos de Conferência, percebe-se o crescimento dos alunos em relação à temática e à capacidade de socializar seus conhecimentos. Ainda hoje, ouço relatos de ex-alunos dizendo que foi o melhor trabalho realizado na escola. E essa, também, é a opinião de muitos professores, que acabam integrando e envolvendo seus alunos nas atividades da conferência.Raquel Rodrigues do Prado, Diretora da E.E. Deputado Gregório Bezerra.

“Um dos primeiros projetos da minha vida acadêmica, fiquei muito satisfeito em ter participado do trabalho junto ao meu grupo! foi sem duvida uma experiência fantástica poder passar uma mensagem de preservação e conscientização para os demais colegas.” – Anderson Nascimento Efigenio de Abreu, aluno concluinte no ano de 2008.  
 

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