USP, Unicamp e UNESP propõem
implementar modelo alternativo
Pressionadas pela implementação das cotas nas
universidades federais, as estaduais paulistas USP, UNESP e Unicamp
apresentaram, na semana passada, proposta para destinar metade de suas vagas a
estudantes do ensino médio da rede pública (não aprová-lo parece uma
possibilidade remota, dizem os conselheiros).
O projeto prevê garantir, em três
anos, 50% das vagas de cada curso e turno das três universidades a alunos do
ensino público. Desses
postos, 35% serão destinados a negros, pardos e indígenas.
O Pimesp( Programa de Inclusão
com Mérito no Ensino Superior Público Paulista) terá de ser aprovado pelos
conselhos de cada universidade para ser colocado em prática.
Na proposta paulista, em vez de reservar vagas,
será criado um curso preparatório, semipresencial, de dois anos, para os
melhores alunos das escolas públicas de ensino médio, esse curso terá aulas de
Humanas, Exatas e Biológicas. Haverá 2.000 vagas, e os estudantes serão
escolhidos via Enem ou Saresp. O
modelo é inspirado nos “colleges” dos
EUA.
Em 2016 das 12 mil vagas
oferecidas pela FUVEST, 6 mil serão reservadas para cotistas beneficiados pelos
programas Federal e Estadual.
Aqueles que tiveram aproveitamento de 70% no fim do
primeiro ano terão direito à vaga na Fatec
( Faculdade de Tecnologia do Estado). A conclusão do curso dá acesso às
universidades estaduais.
A primeira meta é que em 2014,
35% dos estudantes das três universidades sejam oriundos da escola pública.
No ano seguinte, o índice deve
ser de 43%. Na USP, a proporção atual de alunos de escolas públicas é de 28%.
PRESENTE
O impacto da política federal, com base em
experiências já existentes, é difícil de ser projetado. Algumas escolas dizem
não ter dados, caso da Unifesp, a primeira em São Paulo a adotar a política.
Os estudos disponíveis avaliam ações que, em geral,
têm formato diferente do previsto na lei. Nesses trabalhos, uma conclusão comum
é que os cotistas entram com desempenho pior, mas depois compensam a diferença.
A hipótese dos analistas é que os beneficiados
valorizam a vaga e se empenham.
Na Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro),
que reserva 45% de suas vagas, a taxa de evasão dos cotistas é menor que a dos
demais.
Estudo na UnB ( Universidade de Brasília) feito
pelos pesquisadores Maria Eduarda Tannuri- Pianto (UnB) e Andrew Francis( Emory
University – EUA) aponta que o aumento de negros na instituição não aumentou a
diferença de rendimento que já existia em relação aos brancos.
“Nunca os alunos oriundos de escola pública tiveram
essa facilidade de entrar em uma Universidade Pública, lembrando que o
desempenho nos estudos ao longo dos anos é fundamental para conseguir uma vaga
nas Universidades Federais e Estaduais”.
Vamos aproveitar as oportunidades! Vamos estudar!
Professor:
Odilon
História