A Direção da E.E.Deputado Gregório Bezerra, Parabeniza o Professor Cristiano Lima e a aluna Laisa Dias, que passou da fase Municipal, sendo selecionada para a fase Estadual da Olímpiada de Língua Portuguesa.
Memória
Literária
Saudades da minha terra
Eu me chamo Jorge
Rodriguês de Oliveira Filho, nasci no dia vinte e oito de Novembro de mil
novecentos e sessenta e seis no Norte da Bahia, em Seabra. Lembro-me de quando
deixei minha cidade, o meu lar, deixando não só o meu lugar de viver, mas
também a minha família, minha mãe, meu pai, meus irmãos- todos iam ficar para
trás. Na Bahia era tudo muito bonito; as águas, as plantas e as frutas, eu
gostava de ouvir música em um radinho, no meio do mato, sozinho, só com o
barulho das águas, das folhas se mexendo e dos pássaros.
Enquanto eu viajava, vendo
as paisagens, e lembrando-se da minha família, eu pensava. Nessas horas os
nossos olhos enchem-se de lágrimas, não é? E aqueles pensamentos ruins? Que nos
fazem pensar que nunca mais poderíamos ver nossa família novamente, aqueles
momentos que nós tentamos desviar o pensamento da realidade e ir para a
fantasia, mas nem sempre nós conseguimos. Quando cheguei em São Paulo, em
Diadema, olhava para os lados e a vontade de voltar para casa era a mais forte,
mas fui para São Paulo com o objetivo de trabalhar e levar uma vida melhor para
minha família, então eu continuei aqui. Minha profissão é como pedreiro, sou
mestre de obras, e naquela época só pensava em trabalhar para voltar logo à
Bahia.
Quando me estabeleci em
Diadema, tudo era diferente, as ruas não eram asfaltadas, havia muitas casas,
era um lugar agradável de andar, mas por enquanto quando eu morava em Diadema,
me vinha a saudade de ouvir música no silêncio, as ruas eram muito movimentadas
e não tinham o mesmo sossego que na minha região, linda Bahia, Seabra, a cidade
que eu mais gosto, que mais aprecio. Antigamente, no Eldorado tinha uma bela
represa, repleta de gansos, patos e peixes, a represa Billings que me fazia
lembrar da minha cidade natal. Existia uma pequena igreja, a Nossa Senhora dos
Navegantes, simples, mas era muito agradável. As ruas de Diadema foram mudando,
aquelas coisas bonitas me ajudavam a matar a saudade da minha cidade; a represa
começou a secar, as pessoas construíram casas em sua borda e as ruas foram
asfaltas, ficaram muito poluídas.
Eu ainda moro em Diadema,
com a minha família, minha mãe se mudou para cá, e a maioria dos meus irmãos
também, ainda tenho muitas saudades da Bahia, mesmo com a maioria dos meus
familiares morando aqui. A cidade de Diadema era bonita, mas agora o lugar
agradável de viver se transformou praticamente num pesadelo. Mas, que graça a
vida teria sem nenhum obstáculo?
Vejam a aluna socializando o texto, no Dia E,junto com os colegas e a comunidade.
Laisa Dias