terça-feira, 12 de junho de 2012

Festa Junina


A ESCOLA GREGÓRIO BEZERRA, COM O  TEMA: “COMPREENDER E RESPEITAR A CULTURA LOCAL”,

 A  FESTA JUNINA QUE SERÁ REALIZADA NO DIA 23/06/2012 - DAS 10 HORAS às 16 HORAS.



                 Origem da Festa Junina
Existem duas explicações para o termo festa junina. A primeira explica que surgiu em função das festividades ocorrem durante o mês de junho. Outra versão diz que está festa tem origem em países católicos da Europa e, portanto, seriam em homenagem a São João. No princípio, a festa era chamada de Joanina. De acordo com historiadores, esta festividade foi trazida para o Brasil pelos portugueses, ainda durante o período colonial (época em que o Brasil foi colonizado e governado por Portugal).
Nesta época, havia uma grande influência de elementos culturais portugueses, chineses, espanhóis e franceses. Da França veio à dança marcada, característica típica das danças nobres e que, no Brasil, influenciou muito as típicas quadrilhas. Já a tradição de soltar fogos de artifício veio da China, região de onde teria surgido a manipulação da pólvora para a fabricação de fogos. Da península Ibérica teria vindo à dança de fitas, muito comum em Portugal e na Espanha.
Todos estes elementos culturais foram com o passar do tempo, misturando-se aos aspectos culturais dos brasileiros (indígenas, afro-brasileiros e imigrantes europeus) nas diversas regiões do país, tomando características particulares em cada uma delas.

O Brasil é um país que tem milhares de culturas diferentes e essas são consideradas um marco de nosso país, assim como o futebol é a grande atração que apresentamos para o mundo a dança tem ganhado cada vez mais espaço tanto que quando algum repórter vai para outro país as pessoas sempre arriscam alguns passos. O Brasil já tem mais de 500 anos de existência e mesmo com todo esse tempo ainda não tivemos nenhuma invenção que chamasse muita atenção do povo estrangeiro, o mais interessante que tivemos foi o avião que não voou pela primeira vez em nossos céus e sim na França onde vivia o inventor brasileiro Santos Dumont além do avião ele ainda aprimorou a invenção do relógio fazendo um modelo para ser usado no pulso e isso até hoje é algo que chama muita atenção, afinal em todos os lugares as pessoas usam esse apetrecho para saber as horas. Assim como Santos Dumont inventou algo fora do Brasil teve pessoas que inventaram algo em nosso país, esse luxo se deu aos antigos escravos que passaram por aqui eles ficavam presos em senzalas e só saiam no momento em que tinha de trabalhar, com isso eles que eram na maioria africanos acabaram inventando um passatempo para esquecer os problemas, esse passatempo acabou se tornando uma das maiores marcas brasileiras conhecidas como “capoeira” um tipo de luta que se mistura a dança causando grande contentamento neles que não tinham muitas opções para se divertirem, essa luta é considerada uma das maiores marcas do povo baiano.
Além da dança da capoeira muitas outras reinam em nosso país e essas estão sendo mostradas ao mundo com alunos que recebem convites de outros países para fazerem isso, de acordo com os professores cada dia mais pessoas estão se integrando aos grupos de aprendizagem e assim temos milhares de pessoas representando nosso país. Para você saber quais as danças que temos, relacionamos abaixo:
Araruna (dança), Afoxé, Axé, Baião, Batuque Paulista, Bumba-meu-boi, Bossa Nova, Caboclinho, Cacuriá, Calango (música), Capoeira, Carimbó, Cateretê, Chimarita, Cavalo Marinho, Coco-de-Roda, Coco Zambê ou Zambê, Congada, Cumcumbi, Fandango, Forró, Frevo, Jongo, Lambada, Lundu, Maracatu, Xote, Maculelê, Maxixe, Pagode, Pastoril, Pau de Fitas, Quilombo (dança), Ranqueado, Ratoeira, Reisado,Samba,Samba de Gafieira, Samba de Roda, Siriri (dança), Tambor de Crioula, Tambor de Mina, Vanerão, Xaxado.                                                                  Fonte: www.suapesquisa.com/musicacultural/historia_festa_junina.htm

                 Objetivo: Conhecer a Cultura Popular das diferentes regiões/países utilizando as diferentes culturas.
                Desenvolvimento:  1-Brincadeiras,2- Barracas,3- Gincanas, 4- Danças. 5- Comissão
1-      Brincadeiras: Corrida do saco - ESCOLA DA FAMÍLIA
Também muito tradicional, consiste numa corrida onde os participantes devem pular dentro de um saco de estopa (saco de farinha, por exemplo). Quem atingir a reta final primeiro ganha a partida. É possível também fazer a corrida em duplas.
                 Jogo do rabo do burro- Professores
Este jogo é bem divertido. Usamos um burro desenhado em madeira ou papelão. O participante deve, com os olhos vendados, colocar o rabo no burro no local certo. O participante deve ser girado algumas vezes para perder a referência.
                Correio Elegante e Cadeia - GRÊMIO
Os organizadores da brincadeira servem como intermediários na entrega de bilhetes com mensagens de amor, amizade, paquera ou apenas brincadeira.
Corrida do Ovo na colher-  ESCOLA DA FAMÍLIA
Um ovo de galinha é colocado numa colher de sopa. Os participantes devem atingir a linha de chegada levando a colher com o cabo na boca, sem derrubar o ovo.
               
 2-BARRACAS:
·         Boca do Palhaço:  (Professore e Escola da Família)
 Arremessar  um número definido de bolas de meias  na boca do palhaço.
·         Argolas : (Professores e Escola da Família)
                     Consiste em jogar um numero definido de argolas e acertar o “alvo” para levar o premio oferecido.
·         Derrubando latas:  (Professores e Escola da Família)
Basta colocar várias latas vazias num muro. Os participantes tentam derrubar as latas atirando bolas feitas com meias. Vence quem derrubar mais latas.

·         Pescaria:  Escola da família e Professores
A pescaria é uma das brincadeiras mais tradicionais de Festa Junina. Ela é simples e bem divertida. Basta recortar peixes de papel grosso  (tipo papelão) e colocar números neles. Devemos colocar uma argola na boca do peixe e enterrá-lo num recipiente grande com areia. Devemos deixar apenas a argola para fora e o número deve ficar encoberto pela areia. Os participantes recebem varas de pescar. Ganha a brincadeira aquele que pescar a maior quantidade de peixes ou com maior número de pontos. Em quermesses é também comum dar prêmios (brindes) aos participantes que pescam os peixes

·         Caldo do Zé, Doces, Salgados, Algodão Doce ( Escola da Família)
            
            3-Gincanas: Na arrecadação das prendas, será estipulado um valor em pontos.  Aqueles que trouxerem mais prendas na soma         geral de pontos obtidos serão (ao) o (os) vencedor (es). Prêmio: PASSEIO AO SESC.
            4-DANÇAS:  Com o professor com a sala de aula e DANÇA –“X BOX 360” (Escola da Família)
            5- Comissão: PROFESSORES, FUNCIONÁRIOS, e MÃES
           Professores: JAMES, GERSON, DIRCE, DIOGENES E ODILON
          Funcionários e  Mães: Lucinéia, Edileusa, Claudia, Ana e Conceição
Dançar,
Cantar,
Pular,
Amar,
Saborear,
Alegrar...

Venha Participar e Conhecer a Cultura do
Seu Lugar!


Origem das Danças
Araruna

Dança de pares formando círculos concêntricos e executando passos laterais. No estribilho, dão meia-volta em torno de si mesma, batem os ombros, terminando com forte batida de pé. A letra da canção faz referência a um passo de mesmo nome, oriundo do Pará. O acompanhamento musical é feito com viola, violão, pandeiro e acordeão. No Rio Grande do Norte apresenta-se em calendário flexível. No Amazonas, com o nome de Iraúna, inclui pequena encenação, e a banda musical é composta por tambores, cavaquinho, violão e, às vezes, um clarinete, sendo dançada durante as festas juninas.

Afoxé


Folguedo afro-brasileiro alusivo ao reinado do Rei Congo e apoiado originalmente por irmandades religiosas. Desde finais do século 19, principalmente na Bahia, o cortejo real passou a constituir um acontecimento carnavalesco, entoando cânticos de candomblé. Nele mantiveram-se o rei e a rainha, a guarda de honra, a banda de instrumentos de percussão, etc. Antigamente o Babalotim - totem em forma de boneca - era conduzido por um menino que executava complicada coreografia.

Baião (dança)


Dança de pares em pequenos círculos com pares solistas ao centro. É dança caracteristicamente ligeira, com movimentos improvisados e ágeis, sapateados, palmas, giros, requebros, além do volteado e da "roda do galo"; às vezes há umbigada simulada. A música é feita com rabeca ou viola, pandeiro, triângulo. Dança obrigatória nos forrós nordestinos e que integra o bumba meu boi da Paraíba, do Rio Grande do Norte e de Pernambuco como solo musical dos personagens Mateus, Berico e Fidélis.

 


 


Batuque (dança)


Dança de conjunto originária, segundo alguns pesquisadores, de Angola e do Congo (África). Com variantes, pode ser realizada em roda, da qual participam não apenas os dançarinos, mas também os músicos e os espectadores, tendo no centro um dançarino solista ou um ou mais pares que se incumbem da coreografia. Consiste em forte marcação por movimento dos quadris, sapateados, palmas e estalar de dedos, e apresenta como elemento específico à umbigada - que o dançarino ou dançarinos solistas dão nos figurantes da roda escolhidos para substituí-los. Em São Paulo, pelo menos na região de Tietê e Piracicaba, onde é também chamado de samba, o batuque é dança de terreiro, e sua coreografia é em fileiras opostas, com a presença do modista e do carreirista. A palavra deixou de designar uma dança particular, tornando-se, como o samba, nome genérico de determinadas coreografias ou danças apoiadas em forte instrumental de percussão. Na Bahia é também outra denominação do batuque-boi. Os instrumentos musicais são todos de percussão: tambu, quinjengue, matraca e guaiá ou chocalho. A música compreende as "modinhas" e as "carreiras".

Bumba meu boi


Folguedo do boi registrado no Maranhão e em outras localidades nordestinas. No Maranhão, onde o folguedo permanece excepcionalmente amplo e vivaz, os numerosos e diferentes grupos distinguem-se por um conjunto de características que configuram "sotaques" próprios, segundo a denominação nativa. Reconhecem-se na atualidade, entre outros, os "sotaques" de zabumba (Guimarães), matraca (da Ilha), orquestra (Rio Munin), pindaré (Baixada), costa- de-mão (Cururupu). Trata-se de um universo muito dinâmico. Muitos grupos realizam apresentações turísticas ao longo de todo o ano, e a própria apresentação tradicional junina se insere hoje no calendário turístico oficial do estado.

Caboclinho

Folguedo cujos foliões usam vestimentas com inspiração ameríndia, empunham arco e flecha e executam bailado que simula ataque e defesa. Desfila no carnaval, com registro nos estados da Paraíba, de Pernambuco, do Rio Grande do Norte, de Alagoas e Minas Gerais. Algumas versões têm como figurantes cacique, pajé, feiticeiro; companheira do cacique; etc. Divididos em duas filas, os caboclos são comandados pelo capitão e o tenente, e as caboclas, pela índia-chefe. A coreografia inclui a emboscada, que se realiza quando uma tribo ataca e prende a outra. Em Alagoas, alguns pesquisadores associam o caboclinho ao reisado, pois o traje e a denominação da maioria dos personagens podem ser recorrentes.

Reisado


Folguedo natalino em que grupos cantam e dançam, em geral, na véspera do Dia de Reis. De origem ibérica, chegou ao Brasil durante o período colonial e apresenta versões variadas em todo o país. Começa com o deslocamento do grupo para um local previamente determinado, onde é cantado "O Bendito", em louvor a Deus, para que a brincadeira seja abençoada e autorizada. A partir daí, começam as "jornadas". O enredo versa sobre os mais diversos motivos: amor, guerra, religião, história local, etc. Vários personagens formam o grupo - "caboclo" ou "Mateus" e a "dona Deusa" ou "dona do baile" são fundamentais na brincadeira, mas também aparecem o "caboclo" e a "cabocla", a "cigana", a "viúva", o "velho", a "velha" e o "boi". Os instrumentos que acompanham o grupo são violão, sanfona, pandeiro, zabumba, triângulo e ganzá.

Pau-de-fita


Dança de pares de origem portuguesa, que ocorre ao redor de um mastro encimado por um conjunto de largas fitas multicores. Os participantes formam dois grupos que, dançando, entrelaçam fitas, formando um trançado em volta do mastro. Não possui música exclusiva. À semelhança da quadrilha, são executadas peças autônomas, desde que possuam cadenciamento que favoreça o andamento dos pares na execução do trançado. São frequentes conjuntos musicais compostos por violão, cavaquinho, pandeiro e acordeão.

Carimbó


Dança de pares com formação em círculo. Ao se iniciarem ritmo e música, os homens, que se encontram posicionados em fileiras, aproximam-se das mulheres e batem palmas convidando-as para a dança. Elas iniciam um movimento circular formando uma roda, girando no sentido anti-horário e fazendo trejeitos com a saia com o intuito de cobrir a cabeça dos homens, que dançam todo o tempo procurando escapar das saias das mulheres. Depois de muitos volteios, uma das mulheres atira um lenço no chão, que seu par deve apanhar usando apenas a boca; se não conseguir, é posto para fora do círculo. A parte mais importante da dança é a marcação coreográfica de um dos pés sempre à frente do corpo. O nome da dança deriva de um dos instrumentos acompanhantes, um tambor (curimbó). Observa-se também a presença de reco-reco, pandeiro e eventualmente, violão, cavaquinho e rabeca.

Chimarrita


Dança de pares comuns no sul do Brasil. É uma das marcas dos fandangos originária dos Açores e da Madeira. Pode ser rufada (sapateada) ou valsada, quando é dita bailada. Começa com duas fileiras opostas, de que saem os pares para dançar enlaçados, passos de polca ou de valsa. As mulheres não sapateiam. O acompanhamento é feito por violas, ocorrendo eventualmente sanfona, pandeiro, reco-reco e chocalho, com o canto entoado pelo violeiro e acompanhado, no estribilho, pelos dançadores.

Congada


Folguedo cujos primeiros registros datam de 1674 entre escravos em Pernambuco. Reúne também elementos temáticos ibéricos, sagrados e profanos. Ocorre, com variações, por todo Brasil, nas festas religiosas ou profanas, na forma de cortejos, cujos participantes cantando e dançando homenageiam, em especial, São Benedito e Nossa Senhora do Rosário. Por vezes ocorre a coroação do rei (ou rainha) Congo, envolvendo parte dramática, com embaixadas, evolução e lutas simbólicas de espada. Dessas, as mais conhecidas são as congadas de Ilhabela e São Sebastião. Na instrumentação destaca-se a percussão que estimula momentos de bailados e manobras vigorosas. A indumentária é, em geral, colorida incluindo fitas em profusão e capacetes enfeitados com espelhinhos. Há congos de sainhas, com grande quantidade de caixas, com chapéus de fitas, manejos de bastões e espadas. Congadas da Lapa (PR), de cidades em Santa Catarina e de antigas regiões do ouro de Minas Gerais são algumas das mais conhecidas.

Chula (dança)


Dança de conjunto com formação em círculo em que homens e mulheres, intercalados, também cantam. Na Bahia foi registrada por pesquisa de Mário de Andrade desta forma: gaiteiro vai ao centro da roda, faz "venia" a um dançador, volta ao seu lugar. O dançador, indo ao centro, faz "venia" a uma das "comadres" e retorna a seu lugar e assim sucessivamente até o último integrante. Durante toda a chula os dançarinos cantam estribilhos fixos, intercalados por dísticos que são jogados por um e outro dançador. No Rio de Janeiro a chula é dança de pares soltos em que os homens sapateiam e as mulheres gingam e arrastam os pés, apresentada também como parte dos folguedos do boi.

Fandango (dança)


Dança de conjunto com formação em círculo, provavelmente de origem portuguesa e difundida nos estados de São Paulo e Paraná. Sua coreografia consiste num sapateado vibrante, executado exclusivamente por homens calçando esporas de grandes rosetas. O bate-pé é interrompido a cada vez que os violeiros entoam uma cantiga. A dança se encerra geralmente com o "mandadinho", sob vozes de comando e trejeitos mímicos.

Forró


Baile geralmente animado por triângulo, zabumba e "pé de bode", popular sanfona de oito baixos. Nele ocorrem vários tipos de dança, como o baião, o coco, a quadrilha e o xote.

Frevo (dança)


Dança individual, popular especialmente no carnaval de Recife, PE, seu lugar de origem podendo ocorrer nas ruas ou nos salões. A formação pode ser em círculo ou em marcha; no primeiro caso admite a entrada de um passista que sola coreografias como saca-rolhas, chã de barriguinha, tesoura, parafuso, dobradiça e outras inventadas conforme o dançarino. Não existem combinações coreográficas, nem parcerias. Ocorre em tempo binário e com andamento rapidíssimo.

Jongo


Dança de conjunto com formação em círculo. No centro da roda um solista (jongueiro) puxa os cantos (pontos), que são respondidos pelo coro dos participantes, e improvisa movimentos constituídos de saltos, volteios, passos miúdos, balanceios. O instrumental é geralmente composto por dois tambores - um grande (tambu ou caxambu), e um menor (candongueiro); uma puíta ou angoma-puíta (cuíca artesanal); e um chocalho (guaiá, feito de folha-de-flandres ou latas usadas). O dançador-puxador permanece no centro da roda até que outro chegue diante dos instrumentos e coloque a mão sobre o tambu. A cantoria cessa imediatamente, e o antigo solista sai da roda, cedendo lugar ao outro. É geralmente dança de terreiro sem calendário fixo, podendo ocorrer em datas consideradas importantes como as festas devidas a São Benedito e São João nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.

Lundu


Dança de pares constituídos de movimentos lascivos, lúbricos dos homens. As mulheres recuam, mas ao final da dança aceitam o convite e saem, entre requebros sensuais, seguidas por seus companheiros. Em alguns lugares, o lundu acontece também como dança de roda, em que homens e mulheres formam um círculo, e uma dançarina entra na roda evoluindo em suaves e graciosos volteios. Num dado momento, com movimento rápido suspende a saia e a deixa cair sobre a cabeça de um dos homens, concluindo a dança.

Maracatu


Folguedo inspirado na tradição africana, com seus préstitos que saem em cortejo nos dias de carnaval. O rei e a rainha desfilam sob um pálio e com uma boneca que é levada por "dama da corte", cantando e dançando, ao som de instrumentos, geralmente, de percussão.

Maculelê


Dança de conjunto desenvolvida por homens, compreendendo dançadores e cantadores, todos comandados por um mestre, denominado "macota", e usando um bastão de madeira, sendo o do macota mais longo. Os bastões são batidos uns nos outros, em ritmo firme e compassado. Essas pancadas presidem toda a dança, funcionando como marcadores do pulso musical. A banda que anima o grupo é composta por atabaques, pandeiros e, às vezes, violas de 12 cordas. As cantigas são puxadas pelo macota e respondidas pelo coro. A área de origem e maior incidência do maculelê é a região de Santo Amaro no Estado da Bahia.

Maxixe


Dança de pares considerados por Oneyda Alvarenga o primeiro tipo de dança urbana criada no Brasil. É fruto da fusão e adaptação de elementos da polca (europeia), da habanera (cubana) e do lundu. Resultou em dança sensual em que o par contracena e dança com demonstrações lascivas. Tem inúmeras e ricas variações que exigem ginásticas e agilidade dos movimentos. Devido à forte sensualidade, foi excluída do repertório das danças sociais de salão.

Pastoril profano


Pastoril encontrado em Pernambuco que se apresenta parodiando as músicas da forma religiosa do folguedo, em aparições restritas às áreas afastadas. Encontra-se plenamente instalado entre as tradições populares pernambucanas. Reúne um pouco de crítica social e política além de brincadeiras picantes. Mescla música, canto, dança, humor, sensualidade e interpretação.

Pau-de-fita


Dança de pares de origem portuguesa, que ocorre ao redor de um mastro encimado por um conjunto de largas fitas multicores. Os participantes formam dois grupos que, dançando, entrelaçam fitas, formando um trançado em volta do mastro. Não possui música exclusiva. À semelhança da quadrilha, são executadas peças autônomas, desde que possuam cadenciamento que favoreça o andamento dos pares na execução do trançado. São frequentes conjuntos musicais compostos por violão, cavaquinho, pandeiro e acordeão.

Quilombo (folguedo)


Folguedo afro-brasileiro com variantes pelo Brasil. Pode ser representado em qualquer época do ano por ocasião de festividades ou como entretenimento isolado. Compõe-se de dois grupos numerosos, neles figurando negros fugitivos e índios ou caboclos, vestidos em trajes que lembram os dos reisados, dos guerreiros, etc. e armados de compridas espadas e terçados. Os dois grupos lutam, e no final os negros são vencidos. Há muita música, e o terno de zabumba alegra a representação.

Ratoeira (dança)


Dança de pares com formação em círculo. Os movimentos são executados ora para a direita, ora para a esquerda, e um casal, dentro do círculo, recita um verso, geralmente mostrando alegria e simpatia por seu bem-amado. Essa dança se difundiu nas áreas de cultura açoriana do Estado de Santa Catarina.

Siriri (dança)


Dança de pares com formação em círculo ou fileira. Na dança de roda a coreografia básica consiste em movimentar-se em círculo, batendo-se as mãos espalmadas nas mãos dos dançarinos que estão à direita e à esquerda. Enquanto gira a roda, os dançarinos vão respondendo aos tocadores, que conduzem o canto. Na dança em fila, a coreografia básica é formada por duas fileiras dispostas frente a frente, damas de um lado e rapazes do outro (no caso da participação de ambos os sexos). Contudo, a despeito de não estar disposto em círculo, o mesmo processo de bater as mãos espalmadas acontece. Geralmente a dupla que está em uma das pontas da fila, sai dançando por entre a fileira, sendo seguidos pelos demais membros até que todos retornem aos lugares de origem.

Gafieira (baile)


Baile em que a música desempenha papel importante, marcando o arrasta-pé de coreografia a mais caprichada, os famosos "passos" de salão dos bailarinos, principalmente o samba solto e descontraído. Essencialmente popular na cidade do Rio de Janeiro.

Tambor de mina


Sistema de crenças que congrega elementos da religiosidade afro-brasileira tendo duas matrizes culturais principais: mina jeje (daomeana) e mina nagô (iorubana). Em muitas casas os participantes são majoritariamente mulheres, e os homens desempenham, sobretudo funções de tocadores de instrumentos ou de auxiliares a certas atividades do culto, como matança de animais e transporte de obrigações. As entidades cultuadas são basicamente vodus e caboclos. Com forte ênfase nos processos de iniciação, as práticas terapêuticas são mantidas sob-rigoroso controle, pois se acredita que, quando transformadas em atividade comercial, levam à preparação de remédios "sem força espiritual”.

Cateretê


Dança de conjunto com formação em fileira, de origem ameríndia, tendo sido, no primeiro século da colonização, aproveitada pelo Padre Anchieta nas festas católicas. É mais frequente a execução masculina. Quando ocorre a presença feminina, duas fileiras, uma de homens outra de mulheres, se defrontam para apresentar cantos, sapateados, palmas e troca de lugar com dançadores fronteiros, breves saltos e rápida formação em círculo. O acompanhamento é feito especialmente por violas, em geral duas. Os violeiros, os únicos que cantam, também fazem parte da dança e dirigem a coreografia, que se parece com a dos cocos nordestinos. O cateretê é dançado nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás.

Quadrilha


Dançam de pares de origem europeia que no Brasil passou a ser dançada nas festas do mês de junho em louvor a São João, Santo Antônio e São Pedro. Em virtude talvez de rápida popularização, a quadrilha ganhou numerosas variantes - no interior de São Paulo surgiu à quadrilha caipira, e em Campos, RJ, a Mana-chica. Muitas danças do fandango empregam a marcação da quadrilha, a exemplo do que ocorre em bailes gaúchos. Vale observar ainda que a quadrilha influenciou diretamente as danças em fileiras opostas e as contradanças em geral. Os participantes obedecem às marcas ditadas por um organizador da dança. Conserva algumas denominações e movimentações tradicionais e incorpora criações adaptadas pelos marcadores. A música, geralmente de ritmo marcado, é executada com o acompanhamento tradicional da sanfona.









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