Memorial da América Latina

Visita ao Memorial da América Latina

4 de novembro de 2009

ALESSANDRO ALVES

JAQUELINE FLORES

SEXTAS SÉRIES

Antes da Partida

A visita ao Memorial aconteceu no dia 04 de novembro de 2009. 40 alunos de sexta série acompanhados por dois professores das áreas de Códigos, Linguagens e suas Tecnologias.

Os alunos estavam ansiosos pelo passeio, ainda não sabiam o que iriam encontrar lá. Dentro do ônibus fizemos um diagnóstico a fim de saber o que os alunos esperavam daquela visita.

Alguns partiram do pressuposto do nome do Memorial e disseram que talvez vissem algo relacionado à América Latina. Mas não sabiam ao certo explicar a abordagem do passeio. Alguns alunos já possuíam conhecimento prévio do local, dizendo terem ouvido pelo professor de Ciências.

Chegada ao Memorial

Impressionante obra de Arte da cidade de São Paulo

Quando chegamos ao Memorial percebemos logo a surpresa dos alunos com o tamanho e beleza do lugar, fomos orientados a passar nos sanitários e aguardar até o momento agendado da visita (aproximadamente 40 minutos), pois chegamos adiantados do horário combinado.

Logo na entrada principal é possível sentir o impacto da grandiosidade do local, onde todos os povos de nações latino americanas, colonizados por países europeus como Portugal e Espanha, simbolizando o acesso ao espaço que une características culturais dos países dessa região.

Os alunos tiraram foto diante do monumento chamado “A Mão”, obra de arte magnífica e cheia de significado. Na palma da mão há o mapa da América Latina em vermelho, lembra sangue escorrendo, esse sangue representa o sangue de todas vidas latino americanas perdidas na luta pela conquista de uma identidade cultural, política, social e econômica.

Quando chegamos a frente ao monumento, o Guia Cristiano explicou-nos o objetivo do passeio e o que simbolizava aquela mão. A importância dos povos da América e o conhecimento dessa história cheia de lutas e conquistas. A nossa história.

O guia informou-nos que o local foi projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, disse ainda qual seria o itinerário do passeio e deu Boas Vindas.

Salão de Atos – Cerimonial Tiradentes

Interior do Salão de Atos

O salão de Atos é um local simples e magnífico. Trata-se de um amplo salão com seis painéis feitos de concreto e isopor. Nesses painéis estão esculpidas gravuras que contam a história do povo latino americano, em especial a história do Brasil, a começar dos índios que aqui estavam antes da chegada dos portugueses, passando pelos negros, imigrantes europeus, até chegar na celebração da independência e a passagem da era do trabalho manufaturado para industrial.

Sentamos todos no chão e o Guia contou a história descrevendo cada painel com uma riqueza de detalhes que deixou a todos encantados. Os alunos interagiam respondendo as perguntas lançadas, faziam perguntas relacionadas às figuras e escutavam com curiosidade sobre o que viam.

Ainda no mesmo salão havia um painel pintado que contava a história de Tiradentes. Após a explicação, fomos autorizados a fotografar e observar de perto as obras feitas por Cândido Portinari, Caribé e Poty.

Pavilhão da Criatividade

A Caminho do Pavilhão de Arte / Caminhando sob a maquete

Depois de uma rica aula de história com todas as figuras esculpidas pelos artistas, foi o momento de caminharmos um pouco, atravessando uma ponte para o pavilhão da criatividade. Um lugar de encher os olhos, de tanta arte e vida criados pelo povo latino americano.

Com mais de mil e seiscentos metros, o lugar guarda uma coleção permanente com mais de duas mil peças da arte popular do Brasil, México, Peru, Equador, Guatemala, Bolívia, Paraguai e Uruguai.

Vestimentas regionais, máscaras, mostra de arte, instrumentos musicais, adornos e peças usadas no cotidiano, utensílios de madeira, pedra, brinquedos, enfeites, artigos religiosos, entre outras obras de arte populares muito criativas.

O que mais impressionou aos alunos foi caminhar por cima da maquete da América Latina. Houve gente que sentou para procurar seu estado, para procurar alguma coisa conhecida no país ou em países que já tinham escutado falar a respeito.

Tiramos muitas fotos, vimos como é feita a celebração do dia dos mortos no México, vimos uma exposição em homenagem aos cinquenta anos da boneca Barbie, todas as bonecas estavam vestidas com trajes típicos dos países latino americanos.

Foi um momento de grande descoberta e exploração das peças que ali estavam, cada um explorava algo que mais lhe chamava atenção, que tinha mais a ver com sua identidade.

Considerações Finais

A visita ao Memorial foi de grande acréscimo à formação desses adolescentes. Cada um que foi ali aprendeu alguma coisa. Aprendemos não só história, mas tudo relacionado à cultura e à formação de um povo. A luta, conquista e valorização das raízes são muito importantes para manter sempre viva a história de uma nação.

A cultura esteve totalmente dentro do currículo, conteúdos, conceitos e valores trabalhados na sala de aula estavam mais que presentes ali naquele momento de troca. O respeito, o saber ouvir, a interação, observação e reconhecimento de si próprio no que estava sendo visto.

Ao término do itinerário, foi servido o lanche e voltamos para a escola. Chegamos aproximadamente seis horas da tarde.