segunda-feira, 29 de abril de 2013

COMPARTILHANDO: ORIENTAÇÃO TÉCNICA

RELATÓRIO DA ORIENTAÇÃO TÉCNICA: “IV CONFERÊNCIA INFANTOJUVENIL PELO MEIO AMBIENTE” (17/04/2013)

Ministrado por: PCNP´s Almir (Ciências) e Yone (Geografia)

Público alvo: Professores de Ciências e de Geografia do Ensino Fundamental II e do Ensino Médio Regular.

Objetivo do encontro: Discutir e consolidar as ações pelo Meio Ambiente realizadas nas escolas e a preparação para a IV Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente (CNIJMA).

Esta orientação técnica foi iniciada com a apresentação dos PCNP´s e com a explicação do objetivo deste encontro. O PCNP Almir salientou que todas as disciplinas devem ter projetos sobre Educação Ambiental para trabalhar com seus alunos, pois este assunto é um tema transversal, portanto não deve se restringir apenas a Ciências da Natureza. Reafirmou que a partir deste ano a Conferência pelo Meio Ambiente será obrigatória em todas as escolas.
Na sequência assistimos a um vídeo sobre ações de Educação Ambiental que deram certo em várias escolas do Brasil, onde abordou a importância do COM-VIDAS (Comissão de Meio Ambiente e Qualidade de Vida nas Escolas).
Em seguida, foi feita a leitura e a explicação do Regulamento Estadual e do Manual Orientador do Processo de Construção Colaborativo para as conferências pelo Meio Ambiente (na unidade escolar, Estadual e a Nacional).
Foi dada continuidade a orientação técnica com a apresentação dos projetos pelo Meio Ambiente trabalhados nas escolas: horta orgânica, horta suspensa, desenvolvimento sustentável, compostagem, minhocário, coleta seletiva, entre outros projetos.
Foi encerrada esta orientação técnica, ressaltando que todos os materiais necessários para trabalhar na Conferência do Meio Ambiente estão disponíveis no portal do MEC.

Sem mais,
Professora: Lucimar Sousa dos Santos
Disciplina: Ciências

Data: 23/04/2013

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Relatório



Titulo: Cartografia Tátil e Ensino Inclusivo de Geografia

  • Palestrante: Prof.ªDra Waldirene Ribeiro do Carmo  
  • Local: LABORATORIO LEMADI - USP - Universidade São Paulo.
  • Professor: Edson Gomes de Oliveira - Geografia


O presente relatório tem a finalidade de apresentar síntese da atividade desenvolvida na Diretoria de Ensino de Diadema no dia 12/04/2013, tendo sido acompanhado pela Sra. YONE como Supervisora da Disciplina de Geografia. 



Apresentação

O LEMADI-Laboratório de Ensino e Material Didático, dentro do conjunto de laboratórios do Departamento de Geografia – USP objetiva o desenvolvimento de pesquisa vinculado ao ensino e apoio didático ao professor. A Cartografia Tátil é uma linha de pesquisa desenvolvida no LEMADI desde 1989, por meio do trabalho que a Prof.Dra.Regina Araujo de Almeida        (Vasconcellos) já havia iniciado, de modo pioneiro no Brasil, sua tese de doutorado trata-se de um marco para a Cartografia tátil no país. Defendida em 1993,a obra intitulada A Cartografia Tátil e o Deficiente visual uma avaliação das etapas de produção e uso do mapa.
Os trabalhos desenvolvidos no laboratório totalizam hoje um importante acervo de mapas, gráficos, maquetes, esquemas, modelos ilustrações, livros de historias infantis e lendas, dicionário ilustrado, jogos, etc. As técnicas de construção de mapas táteis mais utilizadas são colagem e alumínio, sendo possível utiliza-las de forma individual ou conjunta, para transferir representações gráficas visuais para a forma tátil.

 

Atividade desenvolvida: 

Apresentação aos educadores de Geografia recursos didáticos, paradidáticos como mapas táteis, para os alunos que tem a necessidades especiais ou que apresentam maiores dificuldades no aprendizado do estudo da Geografia.


Ø  Educação inclusiva na Geografia
Ø  A importância da cartografia e mapas táteis nas aulas
Ø  Condições para uma geografia inclusiva
Ø  Introdução ao uso de mapas táteis
Ø  Oficina para elaboração dos mapas táteis

Conclusão

A atividade desenvolvida permitiram reflexões sobre o as ferramentas para se trabalhar em sala de aula é muito importante, pois abrange todos os alunos mesmo aqueles “indisciplinados” poderão melhorar seu rendimento ou entendimento da Geografia. A cartografia,mapas táteis  pode auxiliar o aluno tanto no contexto escolar ou para sua vida diária como aprender informações gráficas e imagens em geral.Esta atividade trás a possibilidade de representação para que o aluno com deficiência visual ou intelectual possa interagir totalmente com os demais em sala de aula.
    





 

 



FORMAÇÃO


AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM E PROGRESSÃO CONTINUADA bases para a construção de uma nova escola
Zilma de Moraes Ramos de Oliveira1
A Lei 9394/96, ao estabelecer as diretrizes e bases da educação nacional, buscou criar
condições legais para que cada escola pudesse se organizar para o alcance dos objetivos propostos na Constituição de 1988 em relação à educação e que espelham o anseio da sociedade brasileira de ter educados todos os seus cidadãos, zelando por medidas de não-exclusão de alunos pelo sistema escolar, quer pela garantia de vagas, quer pela efetivação de uma aprendizagem bem-sucedida.
Respondendo a este desafio, tem sido defendida a necessidade de se substituir uma concepção de avaliação escolar punitiva e excludente por uma concepção de avaliação comprometida com o progresso e o desenvolvimento da aprendizagem.
A avaliação tem sido tradicionalmente usada na escola para orientar a organização de turmas, dentro de um modelo educacional que pressupõe uma única competência básica a ser dominada por todos os alunos em um mesmo período de tempo. Quem não o fizesse, seria apartado da turma e impedido de mover-se para série seguinte (pró-mover-se). Esta retenção do aluno na série que cursou durante determinado período escolar termina, no imaginário que ainda existe nas escolas, fazendo o aluno sentir-se como alguém reprovado, no sentido de rejeitado, excluído, condenado, censurado, com sérias conseqüências para a auto-estima e futuras aprendizagens.
Todavia, voltar a cursar uma série com o desgaste emocional de perder sua turma e parte de sua identidade, e ficar vendo as mesmas questões apresentadas no mesmo jeito pelos professores, pode ser bem mais deseducativo do que promotora de aprendizagem. Com as sucessivas e desestimulantes retenções dos alunos no percurso escolar, estes encontram outros meios de inserir-se no social, ou de colocar-se neste contra essa estrutura. A não-promoção tem sido assim, a maior aliada da evasão escolar e, portanto, da exclusão do direito à Educação que toda sociedade busca garantir.
O instituto da progressão continuada baseia-se nestas considerações. Ele foi previsto na LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9394/96, artigo 32, parágrafo segundo) e normatizada pela Deliberação 9/97 do Conselho Estadual de Educação de São Paulo.
Seu caráter inovador necessita ser discutido para elucidar sua compreensão pelos educadores e
pais, estimulando-os a sair da redoma das concepções sobre a educação escolares ainda existentes nas escolas, embora pouco conscientes por parte dos atores sociais envolvidos e que são extremamente cristalizadas.
A presença da progressão continuada leva os professores a analisar suas concepções sobre o papel e as finalidades do ensino fundamental na sociedade brasileira contemporânea e o
significado do processo de aprendizagem de seus alunos. Para muitos professores, diretores e
famílias, herdeiros da tradição criada pela estrutura elitista e excludente da escola brasileira, a
organização escolar em ciclos, os quais, por definição, não comportam retenções em seu interior,
não pode ser produtiva para a aprendizagem dos alunos. Contudo, dados de pesquisa têm
apresentado que as aprendizagens se fazem por espirais e que mesmo que algumas aquisições
fiquem prejudicadas por um certo período enquanto se desenvolve o complexo processo de
ensino, a não-retenção dos alunos na progressão continuada pode permitir mais avanços do que
quando é defendido um ritmo homogêneo e linear de domínio de conteúdos escolares.
Assim a progressão continuada não se alia de forma alguma com possível rebaixamento do ensino, antes envolve pensar sempre em diversas formas de prover aprendizagens essenciais, com o domínio de habilidades e atitudes de busca de novas informações e conhecimentos, de cooperação, etc., através de um projeto consistente de trabalho pedagógico elaborado e desenvolvido em equipe.
Há desta forma um pensar pedagógico que valoriza o aprendido enquanto investiga que outras circunstâncias na vida escolar atuariam sobre os alunos, levando-os a avançar em seu 1 Chefe de Gabinete da Secretaria do Estado da Educação de São Paulo, Membro do Conselho Estadual de Educação, Professora dos Programas de Pós-graduação da FEUSP e da FFCLRP de Ribeirão Preto – USP. aprendizado escolar. Para tanto faz-se mister que a organização escolar realize contínuas avaliações parciais de aprendizagem e recuperações paralelas durante todos os períodos letivos, dado que o compromisso da escola com a aprendizagem dos alunos só termina quando todos os recursos para que eles aprendam foram usados.
Para cada aluno com baixo aproveitamento escolar em relação à turma, a escola precisa colocar à disposição dos pais e órgãos de supervisão os resultados de suas avaliações (muito menos notas ou menções, mas principalmente considerações sobre as dificuldades de aprendizagem do aluno), seu desempenho em relação ao grupo e todas as providências adotadas na busca da recuperação de sua aprendizagem.
Se uma escola envidou todos os esforços para que o aluno aprenda, através de recuperações
contínuas e paralelas, e isto não ocorreu, cumpre investigar o que estaria acontecendo com este aluno nesta escola e que o tornou impossibilitado de aprender, e propor alternativas de ação pedagógica para garantir sua aprendizagem. É muito difícil, todavia, imaginar que um aluno esteja sem aproveitamento algum, tendo freqüentado aulas coordenadas por seus professores. Se situações como esta são comuns em uma determinada escola, há que se refletir sobre o que se passa com sua proposta de trabalho pedagógico e buscar soluções para os problemas nela vividos.
Os alunos que precisam de mais tempo para aprender e os com dificuldades específicas, mas que já avançaram mesmo que seja um pouco sua aprendizagem, não podem ser prejudicados com a perda da turma de amigos que lhe dão apoio emocional. No regime de progressão continuada, aquele que, nas séries de um ciclo, exceto a última, apresente um aproveitamento escolar insuficiente em relação ao que foi estabelecido, é classificado para a série seguinte acompanhado por um conjunto de medidas pedagógicas – estudos suplementares já durante as férias de verão e recuperação paralela pelo tempo que se fizer necessário, dentro do projeto pedagógico da escola – que lhe garantam a apropriação dos conhecimentos sistematizados que a escola escolheu trabalhar.
Observados os progressos feitos, ainda que pequenos, e especialmente as condições em que estes foram feitos, pode-se planejar os próximos passos, exigindo novas atitudes do aluno, da família e, inclusive, da escola. Não se coloca assim a aprovação sem critério, sem um diagnóstico pedagógico, sem um sério plano de trabalho a ser vencido nos anos posteriores, mera promoção automática.
Ao final de cada ciclo, uma avaliação do desenvolvimento e da aprendizagem dos alunos pode considerar eventualmente a necessidade de um programa sistematizado e individualizado de apropriação de conteúdos básicos propostos para o ciclo e que um aluno ainda não dominou, por um período de até um ano escolar.
Quanto ao argumento de que muitos alunos não aprendem, pois apresentam atitudes de não-envolvimento com a aprendizagem e mesmo indisciplina, é necessário considerar quantos são estes, que dinâmica os orienta e em que série trabalham. Atravessariam eles alguma situação individual de riscos maior: gravidez indesejada, uso de drogas, problemas no emprego ou em casa? Estariam sendo as atividades propostas suficientemente interessantes para desafiá-los? Diante de provocações que são por vezes observadas na relação que se estabelece entre o professor e seus alunos, particularmente os mais velhos, ao invés de pensar em revidar com fortes punições, cabe aos educadores refletir de que forma pedagogicamente válida lidar com os conflitos cotidianos existentes na escola, e que aparecem sob forma de desobediência às orientações docentes, de modo a aprofundar o conceito de cidadania não só do aluno, mas
também do professor?
Em relação a outro segmento do alunado que tem sido lembrado quando se discute a progressão continuada, os alunos faltosos, é fundamental modificar o entendimento do significado da presença estudantil nas atividades escolares. Embora a LDB considere que a freqüência do aluno a um mínimo de 75% das aulas é obrigatória para sua promoção, isto não quer dizer que faltar a até 25% das atividades escolares seja um direito do aluno. Antes, qualquer falta à escola de ensino fundamental de certa forma fere o direito da sociedade de ter seus cidadãos sendo educados. Assim, cumpre-se trabalhar para eliminar o grande número de ausências às atividades
escolares, conscientizando os alunos das conseqüências que suas faltas às aulas lhe acarretariam
cabendo ao Poder Público zelar pela freqüência da criança ou adolescente ao ensino fundamental
(ECA, artigo 54, parágrafo terceiro).
Na hipótese de reiteração de faltas injustificadas, o aluno faltoso está obrigatoriamente sujeito às medidas de proteção estabelecidas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (artigo 98, 101, 136), cabendo ao dirigente da unidade escolar comunicar o fato ao Conselho Tutelar para as devidas providências (ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente, artigo 56). Daí a importância de medidas de recuperação de ausências através da realização de tarefas várias para evitar uma medida de exclusão escolar incompatível com o princípio constitucional do direito à educação fundamental. Entretanto, esgotadas todas as medidas tutelares e as de recuperação de ausências concentradas ou distribuídas ao longo do ano letivo, o aluno permanece classificado na mesma série, podendo, contudo, ser submetido a procedimento de reclassificação no início do próximo ano letivo, se demonstrar desempenho pedagógico compatível com o prosseguimento de estudos na série seguinte.
Todos os pontos apresentados representam o compromisso de buscar novas formas de trabalho pedagógico mais adequado ao presente contexto cultural que vem cercando a escola e trabalhar para a criação de novos motivos escolares para todos os alunos, dentro de um projeto político-educacional de construir uma escola realmente nova.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Como criar um Grêmio Estudantil

Nós já criamos! E a sua Escola???

Leia postagem abaixo retirada do Portal da SEESP


O Grêmio Estudantil é a organização dos alunos da escola. Ele é formado por estudantes, que tornam-se responsáveis pelo desenvolvimento de atividades culturais, esportivas, sociais e de cidadania.
“A formação do Grêmio Estudantil deve ser resultado da motivação e iniciativa do aluno sobre a importância deste colegiado e, fundamentalmente, pelo incentivo, estímulo e conhecimento transferido pelos gestores das unidades escolares. É o primeiro exercício de participação democrática do aluno”, afirma a coordenadora dos colegiados que compõem a Secretaria da Educação, Eliane Cecílio Jorge.


Leia mais aqui no Portal da Secretaria Estadual de Educação de São Paulo

Fonte: http://www.educacao.sp.gov.br/noticias/quer-aprender-a-fundar-um-gremio-nao-perca-tempo-e-comece-ja-2 (acesso em 22 de abril de 2013)

Mensagem: DIA DA TERRA


  • E O DIA DE HOJE MERECE UM BELO POEMA DE CORA CORALINA PARA CELEBRAR O DIA DA TERRA


O CÂNTICO DA TERRA 

Eu sou a terra, eu sou a vida.
Do meu barro primeiro veio o homem.
De mim veio a mulher e veio o amor.
Veio a árvore, veio a fonte.
Vem o fruto e vem a flor.

Eu sou a fonte original de toda vida.
Sou o chão que se prende à tua casa.
Sou a telha da coberta de teu lar.
A mina constante de teu poço.
Sou a espiga generosa de teu gado
e certeza tranqüila ao teu esforço.
Sou a razão de tua vida.
De mim vieste pela mão do Criador,
e a mim tu voltarás no fim da lida.
Só em mim acharás descanso e Paz.

Eu sou a grande Mãe Universal.
Tua filha, tua noiva e desposada.
A mulher e o ventre que fecundas.
Sou a gleba, a gestação, eu sou o amor.

A ti, ó lavrador, tudo quanto é meu.
Teu arado, tua foice, teu machado.
O berço pequenino de teu filho.
O algodão de tua veste
e o pão de tua casa.

E um dia bem distante
a mim tu voltarás.
E no canteiro materno de meu seio
tranqüilo dormirás.



CONHEÇA MAIS SOBRE A AUTORA CORA CORALINA: CLIQUE AQUI


sexta-feira, 19 de abril de 2013

Cultura Indigena

O sabor da Historia

O autor Alfredo Boulos Júnior com sua obra " Os indígenas antes e depois de Cabral" nos ajuda a conhecer e refletir sobre a historia do cotidiano das gentes que constituíram e constituem o Brasil e seus modos peculiares de ser, de agir e de conviver. Boa leitura!



A MANDIOCA
A mandioca é uma das mais importantes plantas alimentícias descobertas pelos índios. Acredita-se que ela tenha sido domesticada há quatro ou cinco mil anos passados, na Amazônia. Hoje alem da America do Sul , a mandioca é cultivada na Ásia, Africa, Oceania, America central e do Norte. 
Ela nasce em solos pobres, apresenta grande resistência as pragas, pode permanecer guardada na própria terra por longos períodos e apresenta  grande valor proteico (...) uma vez retirada da roça, a mandioca brava é descascada e ralada. Depois deve ser prensada num tipiti para extrair o suco venenoso que ela contém. Esse suco é armazenado e dele se faz o tucupi. A massa que dai resulta é peneirada e torrada em fornos de cerâmica ou de ferro. Com essa massa faz-se a farinha ou bolo de beiju. A massa é também utilizada na preparação de bebidas fermentadas e não-fermentadas."
(Joana A.F.Silva. Economia de subsistências e projetos de desenvolvimento econômico em áreas indígenas. In: Aracy Lopes da Silva & Luis Donizete Benzi Grupion, orgs. A temática indígena na escola. p. 362.)


MAIS SOBRE O ÍNDIO

A lenda 
            De acordo com a lenda, uma índia tupi deu a luz a uma indiazinha e a chamou de Mani. A menina era linda e tinha a pele bem branca. Vivia feliz brincando pela tribo. Toda tribo amava muito Mani, pois ela sempre transmitia muita felicidade por onde passava.
Porém, um dia Mani ficou doente e toda tribo ficou preocupada e triste. O pajé foi chamado e fez vários rituais de cura e rezas para salvar a querida indiazinha. Porém, nada adiantou e a menina morreu.
        Os pais de Mani resolveram enterrar o corpo da menina dentro da própria oca, pois esta era a tradição e o costume cultural do povo indígena tupi. Os pais regaram o local, onde a menina tinha sido enterrada, com água e muitas lágrimas.
             Depois de alguns dias da morte de Mani, nasceu dentro da oca uma planta cuja raiz era marrom por fora e bem branquinha por dentro (da cor de Mani). Em homenagem a filha, a mãe deu o nome de Maniva à planta. 
            Os índios passaram a usar a raiz da nova planta para fazer farinha e uma bebida (cauim). Ela ganhou o nome de mandioca, ou seja, uma junção de Mani (nome da india

zinha morta) e oca (habitação indígena).

OBS: A lenda da mandioca é um exemplo do folclore dos índios tupis. Ela explica a origem desta raiz que é um dos principais alimentos dos povos indígenas brasileiros.


Curiosidade:

 No Brasil, a mandioca possui vários nomes (variam de região para região), como, por exemplo, aipim, macaxeira, maniva, castelinha, mandioca-mansa, entre outros.


Atividade:

1. PESQUISA: A presença indígena no Brasil.
a) Religiões indígenas;
b) instrumentos musicais, ritmos, músicas e danças indígenas;
c) Receitas de comidas de origens indígenas;
d) Problemas vividos por indígenas no Brasil hoje;
e) Recolher figuras, reportagens, entrevistas e notícias extraídas de jornais e revistas para compor, com os colegas, um enorme mural da cultura indígena.

2. Agora Pensa no que diz respeito à alimentação:
1) De onde vem a comida de sua  casa?
2) Quem prepara a comida da sua casa?
3) Quantas vezes você come por dia?
4) O que você come em cada uma das suas  refeições?
5)O que você come primeiro: o quente ou frio, o doce ou salgado?
6) De que forma você faz cada uma  das refeições ( em pé, sentado sozinho, sentado à mesa com a família, em frente à  televisão, etc.)?
7) Cite algumas comidas que você não comeria de jeito nenhum e procure explicar por quê?


quarta-feira, 17 de abril de 2013

Para Refletir


Ensinar exige comprometimento

Outro saber que devo trazer comigo e que tem que ver com quase todos os de que tenho falado é o de que não é possível exercer a atividade do magistério como se nada ocorresse conosco. Como impossível seria sairmos na chuva expostos totalmente a ela, sem defesas, e não nos molhar. Não posso ser professor sem me pôr diante dos alunos, sem relevar com facilidade ou relutância minha maneira de ser, de pensar politicamente. Não posso escapar à apreciação dos alunos. E a maneira como eles me percebem tem importância capital para o meu desempenho. Daí, então, que uma de minhas preocupações centrais deva ser a de procurar a aproximação cada vez maior entre o que digo e o que faço entre o que pareço ser e o que realmente estou sendo.
Se perguntado por um aluno sobre o que é “tomar distância epistemológica do objeto” lhe respondo que não sei, mas que posso vir, a saber, isso não me dá a autoridade de quem conhece, me dá alegria de, assumindo minha ignorância, não ter mentido. E não ter mentido abre para mim junto aos alunos um crédito que devo preservar. Eticamente impossível teria sido dar uma resposta falsa, um palavreado qualquer. Um chute, como se diz popularmente. Mas, por um lado, precisamente porque a prática docente, sobretudo como a entendo me coloca a possibilidade que devo estimular de perguntas várias, preciso me preparar ao máximo para, de outro, continuar sem mentir aos alunos, de outro, não ter de afirmar seguidamente que não sei.
Saber que não posso passar despercebido pelos alunos, e que a maneira como me percebam me ajuda ou desajuda no cumprimento de minha tarefa de professor, aumenta em mim os cuidados com o meu desempenho. Se a minha opção é democrática, progressista não pode ter um prática reacionária, autoritária, elitista. Não posso discriminar o aluno em nome de nenhum motivo. A percepção que o aluno tem de mim não resulta exclusivamente de como atuo, mas também de como o aluno entende como atuo. Evidentemente, não posso levar meus dias como professores a perguntar aos alunos o que acham de mim ou como me avaliam. Mas devo estar atento à leitura que fazem de minha atividade com eles. Precisamos aprender a compreender a significação de um silêncio, ou de um sorriso ou de uma retirada da sala. O tom menos cortês com que foi feita uma pergunta. Afinal, o espaço pedagógico é um texto para ser constantemente “lido”, interpretado, “escrito” e “reescrito”. Neste sentido, quanto mais solidariedade exista entre o educador e educandos no “trato” deste espaço, tanto mais possibilidades de aprendizagem democrática se abrem na escola.
Creio que nunca precisou o professor progressista estar tão advertido quanto hoje em face da esperteza com que a ideologia dominante insinua a neutralidade da educação. Desse ponto de vista, que é reacionário, o espaço pedagógico, neutro por excelência, é aquele em que se treinam os alunos para práticas apolíticas, como se a maneira humana de estar no mundo fosse ou pudesse ser uma maneira neutra.
Minha presença de professor, que não pode passar despercebida dos alunos na classe e na escola, é uma presença em si política. Enquanto presença não posso ser uma omissão1, mas um sujeito de opções. Devo revelar aos alunos a minha capacidade de analisar, de comparar, de avaliar, de decidir, de optar, de romper. Minha capacidade de fazer justiça, de não falhar à verdade. “Ético, por isso mesmo, tem que ser o meu testemunho”.


*FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. Saberes necessários à prática educativa. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 1997. p. 108-110
 Ensinar exige comprometimento 

COMPARTILHANDO: ORIENTAÇÃO TÉCNICA HISTORIA



Orientação Técnica “África e Brasil: Um outro olhar. 
Realizada no dia 16/04/2013 na Diretoria de Ensino de Diadema.
Palestrante Alfredo “Boulos” Junior



             A palestra teve inicio com a apresentação de Alfredo “Boulos” Junior, que é Doutor em Educação pela PUC, Mestre em História Social pela USP. Lecionou no ensino fundamental da rede pública e particular e em cursinhos pré-vestibulares, além de assessorar a Diretoria Técnica da Fundação para o Desenvolvimento da Educação e tem ministrado cursos para professores em instituições públicas e privadas.
            A palestra foi dividida em 2 partes, na 1o tema principal foi sobre a África (trabalho principal do palestrante) e suas variedades (pois a África não é uma coisa só), foi citado a lei 10639/2003 que fala sobre o ensino da África em sala de aula e suas diversidades.
            O palestrante explicou a dificuldade de alguns professores em trabalhar esse tema em sala de aula e citou 3 principais problemas, 1o Falta de informação, 2o Falta de conteúdo e 3o Falta de profissionais que são qualificados mas não estão na mídia. Foi entregue uma lista de autores e livros sobre o assunto e em seguida “Boulos” criticou a falta de espaço nas mídias sobre o tema, além dos políticos e dos próprios professores que simplesmente ignoram a lei e dos poucos trabalhos sobre a vida do negro no Brasil (principalmente entre os anos de 1889 e 1930), que segundo o palestrante “o negro desapareceu do Brasil”.
Na sequencia foi distribuído alguns textos de livros do próprio “Boulos” onde realizamos uma leitura e fizemos uma rápida discussão de como utiliza-los em sala de aula e também alguns exercícios nos moldes do SARESP sobre a História e Cultura Afro (nesse momento o autor lembrou que questões sobre a temática da África só foi inserida nos vestibulares no ano passado).
Após a leitura e as atividades dos textos, o palestrante falou sobre sua experiência nas escolas públicas e criticou os professores que se esquecem de conhecer a vida pessoal dos alunos (de onde vem, com quem moram etc..), pois isso é fundamental para se ter uma boa impressão perante os alunos e ser aceito na comunidade escolar. Demonstrou também sua preocupação com relação a formação da Identidade, Cidadania e Orgulho dos alunos, para que os professores trabalhem sua  autoestima  perante a sociedade dos dias de hoje.
            No final da 1a parte da entrevista, Alfredo “Boulos” orientou os professores a trabalhar com os alunos o Bloco conceitual: Diferenças e Semelhanças, Mudanças e Permanências, Dominados e Resistência, para facilitar o aprendizado e a recepção dos conteúdos pelo aluno.
A 2a parte da palestra foi um pouco mais curta e focada na metodologia em sala de aula, o palestrante citou a importância de todos os professores no aspecto da leitura e da escrita, fatores fundamentais para a vida do aluno, a utilização dos dicionários e dos livros de Cordel, do trabalho com pesquisas e em equipe sem se esquecer da Ética, Reflexão e Socialização, mesmo sabendo das dificuldades dos recursos disponíveis em cada escola.
            Na sequencia “Boulos” passou diversas imagens sobre povos africanos e enfatizou a importância de se usar imagens, fontes históricas (oralidade, audiovisuais, pinturas e quadros) em sala de aula e se possível levar o aluno até esses lugares (museus, parques, Hospitais e Igrejas) e dos recursos virtuais facilitando a aprendizagem dos alunos.
            Na parte final” Boulos” demonstrou muita preocupação com a sociedade de hoje, principalmente às tensões religiosas, e orientou os professores a tomarem cuidados quando tratarem desse tema em sala de aula.
            Logo após assistimos a 3 vídeos, o 1o  sobre povos indígenas o 2o sobre movimentos feministas e o 3o um musical de cantores de rua de todo o mundo, mostrando a diversidade cultural que está presente em todo o mundo.
            Após a palestra foi sorteado 1 kit da editora FTD, 10 CDs e  10 kits com 4 livros da coleção Sociedade e Cidadania do autor e palestrante do dia Alfredo “Boulos” Júnior, e eu tive a sorte de ser contemplado com 1 kit de livros que podem e deverão ser trabalhados em sala de aula.
Essa palestra me ajudou muito, enriquecendo minha formação como professor de História ampliando meus conhecimentos e diversificando mais minhas aulas.

Professor: Odilon Pereira     Disciplina de História

COMPARTILHANDO: Pai ajuda filho com paralisia cerebral a se formar jornalista


Manuel Condez, ex- bancário assistiu às aulas e anotou para Marco, 26, que tem braços e pernas atrofiados.

Pai foi ovacionado pelos formandos e recebeu da faculdade uma placa de honra ao mérito; rapaz agora procura emprego.
“Quero usar conhecimento que adquirir, quero ajudar a outros com meu trabalho. Não fiz faculdade pra ficar no facebook.”
Pai e filho já começaram uma nova empreitada: estão fazendo aula de inglês. Juntos evidentemente.
“Nossa família esta unida para tentar ajudar o Marco a quebrar outras barreiras”, de clara Manuel.
Todos os dias, durante os últimos quatro anos, o ex-bancário Manuel Condez, 60, dedicou a mesma rotina ao filho Marco Aurélio, 26, que convive com sequelas severas de paralisia cerebral: deu banho, penteou os cabelos, carregou-o no colo até o carro e o levou para a faculdade de jornalismo a 17 km de casa.
O pai assistiu a todas as aulas, anotou as lições dadas pelos professores, auxiliou o filho na feitura das provas escrevendo no papel aquilo que ele lhe soprava, ajudou intermediando pensamentos, foi o motorista do grupo de trabalho e o assessorou em entrevistas e em reportagens.
Marco fala com dificuldade, já foi submetido a 11 cirurgias reparadas, usa cadeira de rodas e programa especial de computadores  para ter mais autonomia. Precisa de cuidados específicos para tocar o dia a dia.
“O único ponto que ainda não foi operado é o cérebro”, brinca o jovem que lida com naturalidade com estereotipo de paralisia.
Para o mestre, “Marco tem inteligência  acima da média, e Manuel  foi tratado como aluno, não como acompanhante.


“Essa noticia retirada do jornal ÁGORA  é um grande exemplo para todos nós de que não existem obstáculos que não possam ser vencidos, temos que aproveitar as oportunidades e estudarmos cada vez mais”.


Professor Odilon História                                                              Colaboração aluna Vitória Bonfim 7o ano A

quinta-feira, 11 de abril de 2013

O que é uma Conferência?


Conferência é um processo de diálogo e participação no qual as pessoas se reúnem, discutem os temas propostos expondo diversos pontos de vista, deliberam coletivamente e, a partir dos debates, escolhem representantes que levam adiante as idéias que obtiveram a concordância de todos.



Conferência para quê?

• Para que todos possam ouvir a voz dos participantes, nesse caso, os adolescentes. Milhões de estudantes têm o direito de participar - no presente - da construção de um futuro sustentável para sua comunidade, seu município, sua região, para o Brasil e o Planeta;

• Para criar e fortalecer espaços de debate na escola sobre os problemas sociais e ambientais da comunidade e perceber como eles se relacionam com o mundo;

• Para descobrir e incentivar uma nova geração que se empenhe em contribuir para a solução dos problemas sociais e ambientais; e

• Para discutir as mudanças ambientais globais a partir de quatro subtemas: água, atmosfera, biodiversidade e energia e mobilidade.



Conferência na Escola

A Conferência na Escola é um momento muito rico, pois permite à comunidade escolar

(estudantes de todos os turnos, professores, professoras, funcionários e representantes da comunidade):



a) conhecer e debater os subtemas propostos e suas relações com as mudanças ambientais globais; e

b) reconhecer as responsabilidades individuais e coletivas quanto a esse tema, planejar

ações que contribuam para transformações da qualidade de vida na escola e na

comunidade e propiciar mudanças no lugar, no país e também no mundo.



Nesse momento, cada escola promoverá uma conferência envolvendo a comunidade para assumir uma responsabilidade com base no tema estudado; pensar em uma ação, de acordo com a responsabilidade, a ser realizada após o evento; indicar um delegado ou delegada (e suplente); e criar um cartaz que traduza o resultado do trabalho coletivo.



A Conferência vai trabalhar com:



a) o conceito de responsabilidades individuais e coletivas;

b) ações locais; e

c) projetos de pesquisa.

A. NOSSAS RESPONSABILIDADES

Podemos dizer que nunca a humanidade esteve tão interligada: os meios de transporte são capazes de nos levar com muita rapidez de um continente a outro e os meios de comunicação são capazes de trazer o mundo todo para dentro das nossas casas nas telas da TV e da Internet, nas ondas do rádio, nas folhas dos jornais e revistas. Podemos também afirmar que nós, seres humanos, já construímos um grande conhecimento sobre as coisas da sociedade e da natureza, e esse conhecimento nos leva a pensar que fazemos parte de um mesmo espaço planetário e que os indivíduos, sociedades e natureza tecem uma mesma teia da vida que precisa ser mantida em equilíbrio: cada elemento do planeta (vivo ou não) depende dos outros elementos.

Apesar desse grande avanço na comunicação e no conhecimento, temos ainda muitos

problemas no relacionamento entre os seres humanos, entre nações e com o meio ambiente.

Esses problemas tornaram-se mais graves e mais constantes a partir do momento em que as ações humanas passaram a alterar de maneira acelerada a natureza, principalmente a partir da segunda metade do século passado.

A pergunta que se impõe é: quem é responsável por perceber e resolver esses problemas? Os Governos? A Ciência? A Economia?

As Religiões? Sabemos que uma grande concentração de poder e recursos se encontra nas mãos de algumas sociedades, de mercados internacionais, de instituições científicas, tecnológicas e econômicas. Isso faz com que cada um e cada uma de nós assuma responsabilidades individuais e coletivas. Sentimo-nos frágeis, sozinhos, mas ao nos ligarmos ao coletivo, nos empoderamos e podemos transformar nossa realidade. É dentro de uma comunidade que as pessoas aumentam sua capacidade de exercer responsabilidades – e essa comunidade pode ser a família, a escola, o bairro, a cidade, o país ou o planeta.

Vamos continuar pensando: se os seres humanos são parte de uma teia universal, cada um de nós tem responsabilidades pelo que acontece a essa teia.

Podemos dizer que, atualmente, as relações internacionais se baseiam em dois pilares: a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que tem um foco nos direitos individuais e na dignidade das pessoas, e na Carta das Nações Unidas, com foco na paz e desenvolvimento das comunidades humanas. Ambos os documentos surgiram logo após a Segunda Guerra Mundial, em 1945, no entanto é nos últimos cinquenta anos que observamos grandes mudanças globais, fazendo com que esses dois pilares não sejam mais suficientes para lidar com os riscos presentes e futuros.

Diante dessa realidade, um terceiro pilar foi proposto pela sociedade civil - cidadãos e cidadãs do mundo - para compor um tripé das relações internacionais: a Carta das

responsabilidades Humanas. Com a carta fica definida uma diferença entre “direitos” e “responsabilidades”: enquanto todas as pessoas têm acesso aos direitos humanos, as nossas responsabilidades são sempre proporcionais aos nossos limites. Quanto maior a liberdade, o acesso à informação, ao conhecimento e ao poder político e econômico de uma pessoa ou grupo, tanto maior a responsabilidade sobre suas ações.

Durante a Conferência na Escola, vamos aprender e vivenciar mais sobre algumas dessas questões que preocupam a humanidade – este é o espaço do conhecimento. Vamos também exercitar o debate público e a capacidade de defender, negociar e eleger ideias comuns ao grupo todo: é o momento de reconhecer nossas responsabilidades e de escolher uma forte, que produza ações e projetos com a comunidade local. O grande desafio de cada comunidade escolar vai ser assumir uma responsabilidade pela qualidade de vida da comunidade e do meio ambiente.





AÇÕES LOCAIS

Não basta debater democraticamente os problemas e reconhecer uma responsabilidade, é preciso pensar em construir conjuntamente uma ação transformadora. Por isso, qualquer que seja a responsabilidade reconhecida pela comunidade escolar, ela precisa ser traduzida em uma ação que represente os novos valores que a comunidade escolar adotou durante a Conferência.

Afinal, práticas e valores se complementam: só pensar sem agir não transforma nada. Por outro lado, agir sem pensar também não garante as transformações que queremos para nós e para o Planeta. É preciso combinar ações coletivas que possam realmente transformar as nossas relações com o meio ambiente local.



PROJETOS DE PESQUISA

Uma boa maneira de estudar os subtemas desta Conferência e fazer as relações com o nosso local é fazer projetos de pesquisa.

Fazer pesquisa não é um bicho de sete cabeças, é uma questão de atitude, raciocínio e

método. Pesquisa não é só aquilo que é desenvolvido em laboratórios sofisticados, nas universidades ou centros especializados. É claro que temos muito a aprender com os cientistas, mas sabemos que a escola também é um lugar de produção de conhecimento e só nós sabemos das coisas que estão no nosso espaço.

Em um projeto de pesquisa para a Conferência, ninguém está sozinho. Cada um que faz parte da comunidade escolar pode e deve estar presente, colaborando com suas inquietações, idéias, pesquisas e registros.

Mas, afinal, o que é um Projeto? O Dicionário Houaiss nos diz que essa palavra tem sua origem no Latim e que significa ‘lançar para a frente, estender’. Vamos, então, pensar em um projeto na escola para aprofundar os subtemas propostos nesta Conferência.

Esse será um modo de nos lançar em busca do conhecimento sobre os subtemas levantados e estender esse conhecimento na direção de uma ação.

O projeto deve ter como objetivo a reflexão sobre o desejo de transformar a realidade, tendo em mente a resolução de uma situação problema local. Vamos ver isso mais de perto quando pensarmos a preparação da Conferência na Escola.



A CONFERÊNCIA NA ESCOLA não é apenas um evento, mas um processo. Isso quer dizer que é preciso pensar como vai ser antes do dia e também pensar como vai ser o dia. No entanto, a Conferência não acaba no dia de sua realização na escola: ela é mais um motivo para a transformação das nossas atitudes individuais e para o compromisso com as ações coletivas assumidas.



Publicação Mudanças Ambientais Globais: pensar + agir na escola e na comunidade

O assunto é complexo, então criamos um texto para cada subtema - voltado para as escolas do ensino fundamental - que descreve de maneira didática e provocativa os problemas que afetam os sistemas naturais e as populações humanas:

• Água / Hidrosfera / Recursos hídricos / Desertificação

• A r / Atmosfera / Ar e clima / Mudanças Climáticas

• T erra / Biosfera/ Biodiversidade / Desflorestamento

• Fogo / Sociosfera / Energia e Mobilidade / Matriz energética e transportes



Sugestões de atividades para a sala de aulas

O material de estudo que está no livro pode e deve ser acompanhado por pesquisas em outras publicações, na biblioteca da escola ou da comunidade; em revistas, jornais, internet; em entrevista com especialistas sobre o assunto; com visitas a órgãos públicos (Secretaria de Agricultura, Secretaria de Meio Ambiente, Universidades) ou organizações da sociedade (ongs, sindicatos, cooperativas, associações, comitês de bacias hidrográficas) que tratem do tema.



PROJETOS DE PESQUISA

Depois de estudar e de fazer outras pesquisas a respeito dos subtemas, é preciso relacionar o que aprendemos com a realidade do nosso local. Só nós conhecemos o nosso espaço e o que acontece nele, por isso podemos pesquisar e produzir conhecimento sobre isso. O primeiro passo a ser dado na busca desse conhecimento é a curiosidade, a dúvida, pois é sempre a partir de uma pergunta e um problema que iniciamos um projeto de pesquisa. Com a leitura da publicação, já partimos de um certo ponto do conhecimento e podemos então começar a colocar algumas perguntas provocadoras para pesquisas e debates. Sugerimos abaixo perguntas que podem abrir caminhos interessantes, mas reconhecemos que cada grupo é que tem condições de escolher a pergunta que melhor reflete a sua curiosidade.



Energia

• Se há tantas fontes de energia, como escolher a melhor e que produza menos impactos?

• De quanta energia precisamos? Quais as fontes disponíveis? Quais os impactos ambientais?

• Aproveitamos a luz natural sempre que possível?

Mobilidade

• Que tipo de transporte é utilizado para chegar à escola?

• Qual o tipo de combustível mais utilizado pela comunidade?

• O que poderia ser feito para melhorar o transporte coletivo existente?

• Como é separado e descartado o lixo da sua família? E na escola?

• Existe coleta de lixo no município? Como ela é feita? Como é tratado esse lixo?

• Nas ruas perto da escola, há latas de lixo, e elas são usadas?

• Há programas de reutilização e reciclagem na sua comunidade? Quais outros dos Cinco Rs vocês praticam?

• Os produtos que vocês utilizam têm que tipo de embalagem? A embalagem é necessária? Há outras maneiras de embalar esses produtos?

• As famílias e a escola fazem compostagem? (técnica que transforma material orgânico - restos de alimentos, por exemplo - em adubo).

• As empresas perto da escola tratam de que maneira seus resíduos?

• Queimar o lixo é uma prática comum na sua comunidade?

• Os córregos e rios perto da escola servem como ‘depósito de lixo’?

• Existe alguma Associação de Catadores na sua cidade? A Escola dialoga com a Associação?

Exemplos de práticas.

OS CINCO R’S

Florestamento e reflorestamento

Práticas agrícolas

Tecnologias Limpas

Conhecendo o Bioma

Áreas protegidas

Teia da Vida

Qual vai ser o tema do projeto?

Qual vai ser o tema do projeto?

Para esta Conferência são sugeridos quatro subtemas que precisam ser estudados. Organizem pelo menos um grupo para cada um deles.

Vamos imaginar que um grupo que vive em uma pequena cidade agrícola tenha escolhido o tema Água.

Qual é o objetivo do projeto?

O objetivo é solucionar um problema constatado pela comunidade escolar. Aonde queremos chegar com o projeto deve ser definido a partir da dúvida ou curiosidade traduzida em perguntas. É importante que o objetivo seja escrito com simplicidade e compreendido por todo o grupo.

Depois de estudado o subtema e levantadas as perguntas relacionadas ao seu local, o

grupo escolhe como objetivo “Fazer um levantamento sobre os métodos de irrigação

utilizados pelos agricultores locais”.

Quais serão as atividades?

Um projeto é feito de vários tipos de atividades que ajudam a estudar, pesquisar e responder nossas curiosidades: entrevistas com especialistas ou pessoas da comunidade, visitas a órgãos públicos, pesquisa nas bibliotecas ou na Internet, observação de lugares. O grupo precisa escolher quais tipos de atividades melhor atendem aos objetivos do projeto.

O grupo pode fazer atividades como: entrevista na Secretaria da Agricultura, na

EMBRAPA, na Cooperativa ou Sindicato de Agricultores, visitas a campo para observar as plantações e pesquisas sobre o melhor método de irrigação.



O QUE? QUEM? COMO? QUANDO? OBSERVAÇÕES



Como o grupo vai apresentar os resultados no dia da Conferência na Escola?

DIVULGAR CHAMANDO TODA A COMUNIDADE ESCOLAR







Criar o texto principal, que faça o ouvinte guardar na cabeça:



• O que vai acontecer.

• Por que vai acontecer.

• Quando vai acontecer.

• Onde vai acontecer.

• Quem pode participar.

DURANTE A CONFERÊNCIA

O dia da Conferência na Escola: apresentar, debater e escolher.

Depois de envolver a comunidade escolar e pesquisar os subtemas, chegou o dia marcado para a Conferência na Escola. É o momento de expressar suas ideias em conjunto. Por isso, é importante que todos participem e conheçam o modo de fazer e as regras que estão a seguir.

Elas devem ser lidas no início do encontro e podem também ser escritas em cartazes afixados no local, para que todos possam ler.





APRESENTAÇÃO DAS RESPONSABILIDADES

Cada grupo deve apresentar a pesquisa sobre o subtema que estudou e as respostas para a questão:

• Qual a responsabilidade e a ação pensada pelo grupo?

ESCOLHA DA RESPONSABILIDADE

Chegou a hora de defender e votar a responsabilidade que cada grupo apresentou. Qual delas será escrita na Folha de Retorno?

A escola vai dizer qual dos subtemas chamou mais atenção durante a Conferência e resultou em uma responsabilidade para cuidar do Brasil e do Planeta. Para isso, deve responder às seguintes perguntas:

• Qual subtema foi escolhido?

• Qual a responsabilidade assumida pelos participantes da Conferência?

ELABORAÇÃO DA AÇÃO

Depois de assumida a responsabilidade, todos os participantes deverão responder conjuntamente à questão:

• Como podemos fazer para colocar em prática a responsabilidade assumida e transformá-la em ação?

• Para realizar a ação também é preciso pensar onde, como e quando ela acontecerá.

ELEIÇÃO DO DELEGADO OU DA DELEGADA E SUPLENTE

A delegada ou delegado escolhido na escola poderá integrar o grupo de adolescentes participantes da Conferência Estadual. Mas sua missão é, principalmente, animar a turma para acompanhar e colocar em prática tudo o que foi decidido durante a Conferência na Escola por meio da Com-Vida e fazer parte da rede de jovens comprometidos com questões ambientais que está se formando em todo o Brasil.

O suplente substituirá o titular no caso de haver algum problema que impeça sua participação no encontro estadual. Mas, além disso, a pessoa escolhida para a suplência deverá estar igualmente comprometida com as funções do delegado/delegada. As escolhas podem se dar por consenso ou por votação.

Os dados das pessoas escolhidas devem estar na Folha de Retorno.

DEPOIS DA CONFERÊNCIA NA ESCOLA

Após enviar os resultados da Conferência, todos que participaram precisam se unir para colocar em prática a responsabilidade assumida coletivamente e realizar a ação proposta. É bom lembrar que as responsabilidades dos diversos subtemas que o grupo debateu podem ser levadas como compromissos do dia-a-dia. Além disso, o fim da conferência é um bom momento para fortalecer ou criar a COM-VIDA e aproximar a comunidade escolar das questões debatidas e das resoluções tomadas durante a Conferência na Escola.



\\Supem10\pasta de troca\III CNIJMA- 2008\Documentos MEC\passo a passo Patrícia.doc

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