segunda-feira, 26 de março de 2012

Curso Extracurricular - Grêmio Estudantil: Gestão participativa

Curso Extracurricular
“Representação política: foco na atuação estudantil”
Responsável

O professor Eric Vellone Coló é graduado em Ciências Sociais pela USP – Universidade de São Paulo. Percorreu todo o currículo de Sociologia, Ciência Política e Antropologia. Concluiu cursos optativos como Métodos e Técnicas de Pesquisa, Estatística, Introdução à Economia, A Sociologia e a Cidade, Sociologia do Trabalho, Cidade, Política e Políticas Públicas, Desenvolvimento Econômico e Social, Teorias do Comportamento Eleitoral e Urbanização, Desenvolvimento e Meio Ambiente.
O professor possui experiência em ações sociais desenvolvidas em comunidades carentes no interior do Estado de São Paulo, já lecionou em diversas instituições e hoje mantém o Projeto Politiquese, que estimula, tanto através de palestras como através das mídias eletrônicas, a discussão pública de temas caros à Ciência Política e à Sociologia.

Justificativa/Problemas

O panorama da educação pública salientou, nos últimos anos, a importância e a necessidade de se firmar a gestão participativa na escola. Gestão participativa entendida como instrumental de participação global da sociedade junto aos processos decisórios das instituições de ensino, através da elaboração, implantação, fiscalização e aprimoramento das políticas educacionais em curso.
Incentivado pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, o tema ganhou força e hoje é fundamental para compreendermos o desenvolvimento das escolas públicas, sendo debatido e implementado gradualmente junto às instituições. A questão, então, não perpassa mais quanto à quantidade de discussão participativa e sim quanto à qualidade e densidade destas discussões. A urgência, portanto, sai da necessidade de se convidar o público a discutir seus próprios interesses e entra na necessidade de guiar os passos desta “inclusão”. Os alunos (foco no grêmio estudantil), pais, professores, sociedade civil e organizações estão munidos de instrumental teórico para acompanhar processos de representação política? Em outras palavras, a problemática se refere a como efetivar e aperfeiçoar a real participação destes membros da gestão participativa junto ao ambiente escolar.

Objetivo

O curso extracurricular proposto aborda exatamente o instrumental necessário para que a inclusão dos membros da sociedade civil seja efetiva e que ganhe em “massa” teórica. O objetivo das aulas é levar aos alunos (principalmente os do grêmio), professores, pais e responsáveis as ferramentas de compreensão do mundo político a sua volta, enfocando a participação local, evolvendo a comunidade e intervindo junto à escola.
É importante notar que toda a discussão feita durante os semestres tenha um embasamento teórico e garanta uma conversa firme, que não seja estabelecida em “achismos” ou “tentativas”. O debate deve ganhar traços políticos e desta forma colaborar não só com a gestão participativa da escola, mas também incrementar a capacidade crítica dos cidadãos envolvidos, estimulando seu senso democrático.
Tal objetivo não se limita a transmissão pura e simples de “conhecimento” aos alunos. A proposta só será efetiva se englobar todos os envolvidos: alunos (todos, tanto aqueles que já fazem parte do grêmio estudantil ou alguma outra forma de representação, tanto os outros todos que já estudam no ensino fundamental e médio); professores (de todas as disciplinas, pois são eles os responsáveis por replicar o conhecimento e acompanhar os resultados obtidos, cobrando e colaborando com os alunos); e pais (para que interajam com a comunidade e percebam o quão decisórios são no procedimento de construção de uma escola e uma sociedade melhor).
A idéia é, portanto, fomentar a discussão política dentro da escola, trazendo conceitos da sociologia e da ciência política, incrementando o poder de ação dos envolvidos através das esferas corretas e de modo efetivo.

Metodologia

O trabalho será efetivado através de 8 (oito) aulas-encontro com duração estimada em uma hora e meia cada, quando então o professor terá a oportunidade de concentrar os alunos (alunos, grêmio, representantes de sala, professores e pais) em salas de aula que remeterão a um cenário de decisão, ou seja, a idéia é recriar um ambiente que simule a discussão. Não serão palestras exclusivamente, do ponto de vista de que o professor é o único a emitir seus conceitos; serão, sim, debates “mediados” pelo professor. A intenção é que logo no início da exposição o professor discorra sobre o tema do dia, trazendo base teórica, e que então rodadas de perguntas, respostas e exemplos complementem a aula e fixem conhecimento. Eventualmente e oportunamente, textos e vídeos estarão presentes para que a sala seja estimulada. A bibliografia e as fontes que nortearam o programa do curso e serão disponibilizadas para os alunos serão arrolada neste projeto.

Cronograma

A presente agenda engloba uma turma de alunos a ser montada pela direção, com especial atenção aos alunos do Grêmio Estudantil, estando todos os demais membros da comunidade igualmente convidados. A seqüência das aulas pressupõe a construção de conhecimento, iniciando do básico político até chegar aos termos do Grêmio. A duração de cada encontro será de uma hora e meia; as datas estão sujeitas a alterações, pois o calendário escolar e a disponibilidade dos alunos podem mudar. O leque de conteúdo e sua seqüência também podem sofrer alterações, pois o professor acompanhará a demanda dos alunos e o grau de compreensão dos mesmos, podendo ampliar discussões mais complexas e introduzir temas correlatos.
AULA 1 – Nesta aula, os alunos serão convidados a perder o medo da palavra “política”. Vamos conceituar política, democracia, república e representação política, tanto no âmbito nacional quanto no local (escola/comunidade). Será uma grande introdução à Ciência Política.
AULA 2 – Continuando a macro Ciência Política, esta segunda aula complementa a primeira no sentido de desenhar o cenário político nacional, descrevendo quais são os poderes, quais são as responsabilidades de cada esfera, o que são os partidos, a definição de ideologia e como funciona uma eleição.
AULA 3 - Passando para a Sociologia, a terceira aula vai esclarecer conceitos úteis ao estudo da sociedade. Nesta aula, a intenção é mostrar que todos estão conectados e que a sociedade depende de estruturas.
AULA 4 - Ainda no âmbito das definições, a quarta aula trata das possibilidades da diversidade, vamos conversar sobre o “diferente”, expondo temas como bullying, preconceitos, violências e intolerâncias. Será uma grande introdução à Sociologia. Os “líderes” serão estimulados a resolver as situações de violência.
AULA 5 – Delimitando o estudo, na quinta aula abordaremos o Grêmio Estudantil. Trataremos o conceito de Grêmio, quais seus objetivos, como se estrutura, como se porta e quais são as responsabilidades. Todas as aulas anteriores são aqui usadas para refletir o macro no micro.
AULA 6 - Ainda tratando especificamente o Grêmio, a sexta aula será dedicada totalmente a situações-problema; haverá debates e conclusões sobre as possibilidades de atuação da comunidade.
AULA 7 – Na sétima aula haverá uma Introdução à Economia. Os alunos serão convidados a perceber que os recursos são escassos e que suas decisões e opiniões terão impacto importante junto aos resultados do trabalho, tanto individual quanto coletivo.
AULA 8 – Neste último encontro, os alunos serão levados a construir conclusões. Após todos os artigos lidos, exposições e debates, a idéia é que o professor “saia de cena” e conduza um grande encontro de idéias e possibilidades. Projetos serão propostos, debatidos e até mesmo iniciados.

Recursos e Materiais

O trabalho ocorrerá, preferencialmente, em salas de aula multimídia, com a presença do projetor digital para a apresentação de slides, fotos, gráficos e eventualmente reportagens. O professor recomenda que as carteiras da sala sejam dispostas em formato de “U” para facilitar o debate entre os alunos, e não em seqüências de filas, como normalmente são ministradas as aulas.
Quanto aos textos, trechos curtos de 1 (uma) a 2 (duas) páginas serão fotocopiados e distribuídos aos alunos, eventualmente e de acordo com o calendário bibliográfico. Não há necessidade de prévio acordo sobre as fotocópias, pois o professor se responsabiliza pela entrega das mesmas. Nenhum deles tem direitos autorais registrados a serem pagos.

Referências

Segue, portanto, a lista de referências bibliográficas utilizadas tanto na elaboração do projeto, quanto nas aulas a serem ministradas.
MOISES, J. A., 2008, “Cultura Política, Instituições e Democracia – Lições da Experiência Brasileira”. Revista Brasileira de Ciências Sociais, 23:66, PP.11-44;
ARISTÓTELES. A Política, Livros I, II e III;
MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe, cap. I;
HOBBES, Thomas. Leviatã, Primeira Parte;
DA MATTA, Roberto, 1981. Relativizando: Uma Introdução à Antropologia Social;
GIDDENS, Anthony,1984. Sociologia: Uma Breve porém Crítica Introdução;

SITES

http://www.diadiaeducacao.pr.gov.br/portals/portal/gremio/


http://www.educacao.sp.gov.br/noticias/educadores-de-sao-paulo-debatem-gestao-participativa


http://www.mundojovem.com.br/subsidios-gremio_estudantil-01.php


http://www.conexaoaluno.rj.gov.br/especial.asp?EditeCodigoDaPagina=2050


http://eedeputadogregoriobezerra.blogspot.com.br/


http://politiquese.wordpress.com/


quinta-feira, 22 de março de 2012

ATIVIDADE NO ACESSA ESCOLA


LINHA DO TEMPO DA HISTÓRIA




                                                              ATENÇÃO

             CONCURSO PÚBLICO PARA AGENTE DE ORGANIZAÇÃO ESCOLAR
                                                     DE 14/03/2012 à 26/03/2012
                                               ENSINO MÉDIO COMPLETO
                                MAIS INFORMAÇÕES: WWW.VUNESP.COM.BR

ACESSA ESCOLA

                                 ATENÇÃO



                                 ALUNOS!!!



Faça estágio remunerado na sala de informática da sua escola


                                O que é preciso:


• Ser aluno da própria escola, cursando o 1° ou o 2° ano do ensino médio regular.


• Ter 16 anos completos na data de assinatura do Termo de Compromisso do Estágio


• Ter CPF próprio (providencie o seu em uma agência do Banco do Brasil ou da Caixa Econômica Federal)


                          Condição do estágio:


• 4 horas diárias


(5 dias da semana, fora do seu horário de aula)


Consulte o site da Fundap para:


• Obter informações sobre o edital (período de inscrição, data da prova etc.);


• Preencher o formulário de inscrição;


• Verificar se a sua escola está participando da seleção pública.






             INSCRIÇÃO SOMENTE PELA INTERNET


                            http://www.fundap.sp.gov.br/


                            ACESSA ESCOLA


terça-feira, 20 de março de 2012

Processo de Formação do Grêmio

                                                        FORMAÇÃO DE CHAPAS

GRÊMIO ESTUDANTIL - O Processo de Formação em 2012



                                                         REPRESENTANTES DE SALAS

                                                                                                                          
   
                                                            FILA DA VOTAÇÃO
                                                         DELEGADOS DE CHAPAS




                                                        MOMENTO DEMOCRÁTICO

                                                       DIVULGAÇÃO DO PROCESSO
                                                          DIVULGAÇÃO DO PROCESSO
                                                         ELEIÇÃO DO GRÊMIO

                                                                 ELEIÇÃO
                                                              VOTAÇÃO
                                                         DELEGADOS DE CHAPAS

                                                           CONTAGEM DE VOTOS
                                                      CONTAGEM DE VOTOS
                                           COMEMORAÇÃO DA CHAPA CONEXÃO
                                             INTEGRANTES DA CHAPA CONEXÃO
                                             CHAPA VENCEDORA CONEXÃO
     

NOTÍCIA

                                                             
PARABENIZAMOS TODA A EQUIPE DE PROFISSIONAIS ENVOLVIDOS NA ELEIÇÃO DO GRÊMIO ESTUDANTIL E, PRINCIPALMENTE AOS PAIS DOS ALUNOS, QUE APOIARAM O PROCESSO ELEITORAL.



A VOTAÇÃO DO GRÊMIO ESTUDANTIL FOI UM SUCESSO MUITAS CRIANÇAS MOTIVADAS PENSANDO SOMENTE NA MELHORIA DA ESCOLA, O BEM QUE O GRÊMIO ESTUDANTIL FARÁ POR NOSSA ESCOLA.

                                    PARABÉNS A CHAPA VENCEDORA: CONEXÃO
          
                                                     SUCESSO A TODOS!!

sábado, 17 de março de 2012

COMPARTILHANDO: Gestão Participativa

Dimensões

Questões

Avaliação

Sempre
Frequentemente
Às vezes
Nunca
2. Gestão Participativa
Estão explícitos na proposta pedagógica os objetivos que a escola pretende atingir?

27
10


A proposta pedagógica foi elaborada com a participação de toda a comunidade escolar (alunos, pais, diretor, funcionários em geral, conselheiros tutelares e demais membros da comunidade escolar)?
37



Todos os que trabalham na escola, pais e alunos conhecem a proposta pedagógica da escola?
27
6
4

A proposta pedagógica é atualizada periodicamente?
37



B - É verificada a atuação de órgãos colegiados, expressando comprometimento, iniciativa e forte colaboração voltada para a melhoria da aprendizagem dos alunos?
27
6
4

O Conselho de Escola  tem normas de funcionamento conhecidas por todos?
37



Os membros dos colegiados recebem orientações à luz da legislação vigente para o exercício de suas funções?
37



Há Grêmio Estudantil ou outros grupos juvenis participando da tomada de decisões na escola e ajudando os alunos a se organizarem?
27
6
4

A escola oferece condições para o fortalecimento do Grêmio Estudantil e/ou grupos juvenis ?
37



Há participação dos alunos nos Conselhos de Escola, de Classe e Série?
27
10


C - O cumprimento do planejamento dos professores é acompanhado pela equipe de gestão e comunidade escolar?
37



D - São promovidas parcerias  com entidades, empresas, profissionais, instituições diversas, visando à melhoria da gestão escolar, ao enriquecimento do currículo escolar e à aprendizagem dos alunos?


37

A escola encaminha alunos para o serviço de saúde, conselho tutelar ou outros serviços públicos quando necessário?
37



A escola desenvolve atividades em parceria com os demais serviços públicos (como: saúde, trânsito, cultura, etc)?


37

A escola tem parcerias com outras instituições (universidades, organizações da sociedade civil, empresas, fundações, associações, etc.) para o financiamento de projetos ou para o desenvolvimento de ações conjuntas?
37



 E - É observada uma prática de comunicação e informação aberta, de modo a promover a socialização e a transparência de decisões e ações, com vistas a  obtenção de melhores resultados do trabalho escolar?
37



As regras de convivência da escola são claras, conhecidas e respeitadas por toda a comunidade escolar?

37


O diretor, juntamente com professores, alunos e demais membros da comunidade escolar, procura resolver os conflitos que surgem entre as pessoas no ambiente escolar (brigas, discussões, etc.), com base no diálogo e na negociação?
37



Os alunos participam da elaboração das regras de convivência na escola?

37


A escola utiliza os mesmos critérios e encaminhamentos para  todos  (alunos, professores, diretor e demais profissionais da escola) que não cumprem as regras de convivência definidas em Regimento Escolar?
37



A direção consegue informar toda a comunidade escolar sobre os principais acontecimentos da escola?
37



As informações circulam de maneira rápida e precisa entre pais, professores, demais profissionais da escola, alunos e outros membros da comunidade escolar?
37



Ocorre a socialização das informações recebidas nas reuniões/orientações técnicas, das ocorrências dos diferentes períodos, orientando os rumos do cotidiano escolar?
37



F - É estimulada e apoiada a organização dos alunos e de outros segmentos para que atuem em ações conjuntas, solidárias, cooperativas e comunitárias?
37






ESSE QUESTIONÁRIO FOI DISCUTIDO NOS ATPC EM SUB GRUPO E DEPOIS SOCIALIZADO PARA OS PARES.CONSTATANDO QUE HA NECESSIDADE FORMAÇÃO COM OS COLEGIADOS PROPORCIONANDO ESPAÇOS PARA DISCUSSÃO COM CRONOGRAMA DEFINIDO,PAUTA,TETO E OS RESULTADOS DOS ENCAMINHAMENTOS,SOCIALIZADO COM OS PROFESSORES CONSIDERANDO A MELHORIA DE ENSINO.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Grêmio estudantil: participar para prevenir a violência


     A escola é um lugar estratégico e privilegiado para se trabalhar na perspectiva da prevenção da violência, pois pode ser o palco de experiências de prática cidadã. Elas podem ser disparadas, por exemplo, por meio do incentivo ao associativismo juvenil na forma de grêmio estudantil.
     A violência não afeta de maneira uniforme regiões, grupos etários, classes sociais ou gênero. A maioria das vítimas da violência letal é do sexo masculino e está na faixa entre 15 e 24 anos (segundo dados do Infocrim da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo).
Carência de opções
     Ao analisar as áreas onde a violência se manifesta com mais frequência, percebe-se a alta densidade populacional e a alta proporção de jovens no total da população, a presença insuficiente do poder público e os índices de vulnerabilidade e exclusão. Muitas vezes, os serviços públicos de educação e saúde estão degradados e contam com profissionais pouco estimulados e preparados para lidar com os desafios da comunidade. As escolas, os postos de saúde e a polícia são, em muitos locais da periferia, os únicos equipamentos públicos presentes.
     Neste contexto, a violência letal acaba resultando de conflitos banais, estimulados por uma cultura da violência que valoriza o individualismo e exige uma resposta imediata e violenta diante de qualquer desavença. Mesmo quando não acabam em mortes, estes conflitos e a maneira como são resolvidos perpetuam uma cultura de desvalorização do diálogo, da negociação e do associativismo e da vida.
     Diante deste diagnóstico, é possível traçar caminhos e medidas para contribuir com a diminuição e a prevenção da violência nestes locais. Essas ações também podem atuar em um nível mais simbólico, ampliando o repertório das comunidades e interferindo na cultura de banalização da violência. O Instituto Sou da Paz tem desenvolvido diversos projetos de intervenção com foco na prevenção da violência juvenil em comunidades de São Paulo. Estes projetos pretendem promover a par ticipação democrática dos jovens nos processos de ocupação e transformação de espaços públicos (praças ou escolas), apostando na negociação e na valorização da diversidade como estratégias que contribuem para mudar este quadro.
O potencial das escolas
     As escolas são um dos únicos equipamentos públicos encontrados nas regiões periféricas e têm enorme potencial para a formação de lideranças e a construção de formas pacíficas de relação social e de promoção dos direitos de cidadania.
     O grêmio estudantil é a associação representativa dos estudantes. Sua existência é garantida por lei, mas sua fundação não deve corresponder ao cumprimento exclusivo de uma obrigação legal. Ao contrário, o grêmio deve existir como um princípio e conteúdo pedagógico, compondo o currículo escolar, sendo uma experiência política teórica e prática de exercício de cidadania, formação de cultura cívica e estabelecimento de uma rede de capital social na escola.
     Considerar o estímulo à formação e à consolidação dos grêmios estudantis um processo pedagógico é assumir, por um lado, a formação política dos jovens, no sentido de participação no espaço público, buscando prepará-los para a vida democrática. Por outro lado, é assumir os alunos como membros da comunidade escolar, dando mais sentido e significado para seu estar na escola.
COMO FORMAR UM GRÊMIO ESTUDANTIL?
1) O grupo interessado em formar o grêmio avisa a direção da escola, divulga a proposta e convida os alunos a formar a comissão pró-grêmio. Este grupo elabora uma proposta de estatuto que será discutida e aprovada em assembleia geral.
2) A comissão pró-grêmio convoca todos os alunos da escola para participar da assembleia geral. Nesta reunião os alunos decidem o nome do grêmio, o período de campanha das chapas, a data das eleições e aprovam o estatuto do grêmio, além de montar a comissão eleitoral.
3) Os alunos se reúnem e formam chapas para concorrer à eleição. A comissão eleitoral promove debates entre as chapas, abertos a todos os alunos.
4) A comissão eleitoral organiza a eleição. No final da apuração, a comissão pró-grêmio deve fazer uma ata da eleição, para divulgar os resultados.
5) A comissão pró-grêmio envia uma cópia da ata da eleição e do estatuto para a direção da escola e organiza a cerimônia de posse da diretoria do grêmio. A cada ano, reinicia-se o processo eleitoral, a partir do 3º passo.                                                                                                     
                                                                                                                    Roberta Navas Battistella
                                                                                                jornalista, ONG Sou da Paz, São Paulo, SP

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