domingo, 13 de março de 2011

Líder revolucionário completaria 110 anos

“UM HOMEM FEITO de ferro e flor”. 


Com estas palavras o poeta Ferreira Gullar retrata com exatidão a figura humana e o grande líder revolucionário que foi Gregório Bezerra, que esse ano comemoraria 110 anos. Camponês, operário, militar e parlamentar, Gregório foi um militante comunista fiel durante toda sua vida.
Nascido em 13 de março de 1900, no município de Panelas, agreste pernambucano, Gregório conheceu cedo o trabalho duro e a exploração. Com quatro anos começou a trabalhar na lavoura de cana-de-açúcar. Aos oito, depois de ficar órfão, migrou para o Recife para ser escravo doméstico na casa da família dos fazendeiros. Fugiu depois de dois anos de maus-tratos.
Como a maioria dos migrantes pobres, Gregório era analfabeto, sem-terra e sem teto. Foi carregador de bagagens na estação central do Recife, jornaleiro e ajudante de obras. Embora não soubesse ler os jornais que vendia, foi como jornaleiro que começou a se interessar pela política, através da leitura que seus colegas faziam dos jornais locais.
A primeira das suas muitas prisões ocorreu em 1917, quando, como operário da construção civil, participou das primeiras greves por direitos trabalhistas e das manifestações em apoio à Revolução Bolchevique. Após ser libertado, alistou-se no Exército, alfabetizou-se aos 25 anos e em 1929 entrou na Escola de Sargentos.
Estudo e organização
Gregório transformou os livros em luz e arma. Foi através da leitura que conheceu o marxismo, ideologia que abraçou durante toda sua vida. Em 1930, filiou-se ao Partido Comunista do Brasil e em 1935, como participante da Aliança Nacional Libertadora (ANL), liderou o levante militar-revolucionário no Recife, com a tomada do Quartel General. Com o movimento derrotado, foi condenado a 27 anos de prisão. Cumpriu parte da pena no Presídio Frei Caneca, no Rio de Janeiro, onde dividiu cela com Luiz Carlos Prestes.
Com o fim do Estado Novo, em 1945, é anistiado e eleito deputado federal constituinte pelo PCB de Pernambuco. Dois anos mais tarde, o PCB voltou à ilegalidade e Gregório teve seu mandato cassado. Foi preso novamente, acusado de liderar um incêndio no 15º Regimento de Infantaria do Exército em João Pessoa.
Ao sair da prisão, Gregório passou a percorrer o Brasil defendendo a Reforma Agrária e construindo sindicatos de trabalhadores rurais. Em 1963, participou da organização de uma greve de 200 mil trabalhadores da zona canavieira de Pernambuco. Neste período de mobilização massiva dos camponeses no Nordeste, as Ligas Camponesas se tornam uma referência e Gregório se dedicou intensamente à mobilização, organização e formação dos camponeses.
Prisão e tortura
Foi preso imediatamente após o golpe militar de 1964, nas terras da Usina Pedrosa, em Pernambuco, quando tentava organizar a resistência armada dos camponeses ao golpe. Foi torturado em praça pública e arrastado pelas ruas do bairro Casa Forte por um jipe do exército, com uma corda amarrada ao pescoço. Antes de arrastá-lo, o coronel Darcy Villoc, seu torturador, obrigou-o a colocar os pés em uma bacia com soda cáustica, deixando-os em carne viva.
Essa se tornou uma das cenas mais chocantes da ditadura militar entre os pernambucanos. “Quando eu vi aquela cena, com o coronel Darcy Villoc Viana gritando ensandecido e ameaçando o ancião, enquanto soldados muito jovens arrastavam aquele homem cambaleando, eu senti que deveria deixar minha profissão de professora de menores abandonados e passar a fazer algo por aquele homem torturado”, lembra a Dra. Mercia, posteriormente advogada de Gregório.
Gregório foi processado e condenado a 19 anos de prisão por crime de lesapátria e subversão. Ao receber a notícia de que seria libertado, juntamente com outros companheiros, em troca do embaixador norte-americano, Charles B. Elbrick, que havia sido sequestrado pela resistência à ditadura militar, Gregório exigiu que fosse publicada na imprensa uma declaração sua, na qual dizia: “Me mantenho firme na convicção de que somente a união de todas as camadas e classes sociais não comprometidas com a ditadura entreguista é que decidirá a instauração no Brasil de um regime de plena liberdade, de livre desenvolvimento econômico, de paz e nacionalismo”.
No exílio, Gregório viveu no México, Cuba e União Soviética, onde passou a integrar o Movimento Internacional da Classe Operária no exílio. Com a anistia, retornou ao Brasil após dez anos. Em 1980, desligou-se do PCB, solidarizando- se com Prestes, afirmando que continuaria fiel ao marxismo-leninismo e lutando pela anistia ampla, geral e irrestrita. “Tenho confiança inabalável na compreensão e no sentimento do povo. Eu voltei para me ligar novamente ao movimento de massas e com ele trabalhar até alcançar definitivamente as liberdades democráticas em nosso país”. Em 1982, candidata-se a deputado federal pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro, o PMDB, ficando como suplente.
Gregório morreu na cidade de São Paulo, em 23 de outubro de 1983, e é hoje lembrado pelos seus companheiros daquela época e pelos militantes de hoje da maneira como queria: como “o homem que foi amigo das crianças, dos pobres e excluídos; amado e respeitado pelo povo, pelas massas exploradas e sofridas; odiado e temido pelos capitalistas, sendo considerado o inimigo número um das ditaduras fascistas”.
Memorial
Ao projetar o Memorial a Gregório, o arquiteto e militante comunista Oscar Niemeyer reforça o respeito e admiração dos militantes contemporâneos de Gregório. “Das figuras revolucionárias que conheci e que queriam mudar o Brasil, Gregório era o que representava o povo humilde. Ele acendeu a consciência de que é necessário mudar o Brasil. Nenhum outro revolucionário brasileiro representou tão bem as camadas mais distantes dos problemas políticos e ideológicos, ele que nasceu na roça e aprendeu a cortar cana. Ele é um exemplo para todo jovem. Este tem que saber que houve, no Brasil, este homem e há na nossa história. Assim, ele é permanente, porque representa o passo adiante da consciência humana que é a liberdade. Não vejo ninguém comparável, hoje, a Gregório”.
O MST, entre as várias homenagens para comemorar os 110 anos desde grande dirigente revolucionário, realizou um ato público no dia 17 de abril, durante a ocupação do Incra em Recife, e fomos honrados com a presença firme de Jurandir, filho de Gregório Bezerra. Em um emocionante depoimento sobre a vida de luta do pai, Jurandir disse que nós, do MST, representamos também a continuidade dessa luta: a luta pela liberdade dos excluídos.

terça-feira, 8 de março de 2011

MULHER...

"Mulher feita de sonho e magia, encanto e poesia...
Mulher acalento e dor, desabrochando como flor...
Mulher tenda alargada, vida aberta e abençoada...
Mulher fecundidade, fonte geradora de vida...
Mulher amiga e irmã, meiga e simples com a manhã...
Mulher festa e celebração, feita de ternura e canção...
Mulher negra, mestiça, branca, amarela, cor de caneta, raça e cultura universal...
Mulher menina, moça, adulta, anciã... namorada, mãe e avó
Mulher hoje é o teu dia.
Sonha e vive a Utopia!"
Maria, Maria É o som, é a cor, é o suor
É a dose mais forte e lenta
De uma gente que ri quando deve chorar
E não vive, apenas agüenta
Que todos os dias sejas feliz, pois todos os dias são teus...
És metade da população e mãe da outra metade...quem movimenta esse mundo!...

PARABÉNS!



sexta-feira, 4 de março de 2011

Concursos SENAD

A Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas - SENAD, do Ministério da Justiça, com o objetivo de incentivar a participação dos diferentes níveis estudantis em atividades culturais de valorização da vida, e estimular a mobilização e o engajamento da sociedade nas atividades relacionadas à prevenção do uso de drogas, promove, anualmente, concursos nacionais sobre o tema.


O sucesso destes concursos mostra a percepção que a sociedade tem sobre a importância das ações de prevenção do uso de drogas, através de ampla participação de crianças, adolescentes, jovens e adultos.

A SENAD está promovendo o XII Concurso Nacional de Cartazes, direcionado a estudantes do 2º ao 5º ano do Ensino Fundamental de 9 anos, o I Concurso Nacional de Vídeo, direcionado a estudantes do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental de 9 anos e Ensino Médio, o IX Concurso Nacional de Fotografia e o IX Concurso Nacional de Jingle, dirigidos à população em geral. Este ano, os concursos têm como tema "Arte e Cultura na prevenção do uso de crack e outras drogas".

Em parceria com o Centro de Integração Empresa/Escola - CIEE, a SENAD está lançando o X Concurso de Monografia para Estudantes Universitários, com o tema “A Intersetorialidade como Estratégia de Enfrentamento ao Crack”.

Não perca tempo nem prazo, os trabalhos deverão ser postados até o dia 25 de abril de 2011. Clique em cima da imagem de cada cartaz e acesse o link que apresenta o Regulamento dos concursos ou entre no site www.obid.senad.gov.br

Atenciosamente,

Coordenação Geral de Políticas de Prevenção, Tratamento e Reinserção Social

SENAD/MJ
 





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